segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Intenção de Trump é aumentar orçamento militar dos Estados Unidos em US$ 54 bilhões

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que busca um "aumento histórico" nos gastos militares do governo — que seriam financiados com cortes equivalentes em outras áreas. O republicano quer um orçamento US$ 54 bilhões maior para as Forças Armadas dos Estados Unidos, que já são o país que mais destina dinheiro ao setor no mundo: cerca de US$ 600 bilhões por ano. "Esse orçamento será um orçamento de segurança pública e nacional", disse o presidente a governadores de Estado reunidos na Casa Branca: "Ele vai incluir um aumento histórico em gastos de defesa para reconstruir as esgotadas Forças Armadas dos Estados Unidos no momento em que mais precisamos delas". 

A Casa Branca irá enviar a proposta de Trump para análise dos departamentos federais ainda nesta segunda-feira. O Congresso, controlado pelos republicanos, tem a palavra final sobre o orçamento. Trump pretende cortar verbas federais da Agência de Proteção Ambiental. O orçamento, afirmam membros do gabinete, é desenvolvido por uma pequena equipe chefiada pelo estrategista-chefe de Trump, Stephen Bannon. A intenção é alterar fortemente a forma como o governo gasta seus recursos. Este também deverá ser o principal assunto de Trump no discurso ao Congresso na noite desta terça-feira (28), no primeiro grande encontro com os parlamentares desde sua posse, em 20 de janeiro.

Kassab aponta que Plano de Internet das Coisas deve ser lançado em setembro


Aguardado para ser lançado na Mobile World Congress 2017, em Barcelona, nesta semana, o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) teve mais um capítulo revelado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, nesta segunda-feira (27). O evento na Espanha é um dos principais do mundo da tecnologia. Segundo o ministro, houve confusão sobre o anúncio. O Ministério chegou a informar que as diretrizes do programa e até um esboço do plano de ação seriam anunciados durante a feira, mas isso só deve ocorrer em setembro, quando fica pronto o estudo encomendado pelo governo a uma parceria entre BNDES e uma consultoria privada, a um custo de R$ 17 milhões. "A conclusão do estudo só acontece em setembro, quando, depois de ouvirmos a comunidade e o setor, em uma série de etapas, lançamos as diretrizes e o planos de ação para ser colocado em prática", comenta Kassab, que explica que a primeira etapa — a ser concluída ainda em março e anunciada nesta segunda — é uma mini-consulta pública sobre iniciativas em IoT no País. A segunda fase, que define as aspirações do País na empreitada, deve ser bastante definitiva para o Plano, já que assume o tipo de frente a investir: software ou hardware. "Seja em internet das coisas, seja em 5G, vamos correr em paralelo a outros países, talvez haja, sim, um delay, mas não ficamos para trás", comenta o ministro, que garante que o cronograma é razoável e assume que possíveis atrasos podem ocorrer. O Ministério estima que, até 2025, a Internet das Coisas tem potencial para gerar até R$ 200 bilhões no País. O plano de ação deve levar até cinco anos para ser implementado após a definição. 

Ainda na Espanha, o governo deve assinar nesta terça-feira (28) um memorando para o desenvolvimento de 5G entre o Projeto 5G Brasil, formado pelo governo e empresas do setor, e a 5G Infrastructure Association, uma iniciativa européia. "É uma aproximação para definirmos o modelo que queremos para desenvolver e implementar o 5G no Brasil, acompanhando um cronograma mundial. Além da Europa, ainda vamos firmar termos com Estados Unidos, Coréia do Sul e China, estamos abertos a entender qual modelo operar", comenta o Secretário de Políticas de Informática, Maximiliano Martinhão. A Coréia do Sul é um dos países com maior avanço na área de 5G, um dos temas mais fomentados da Mobile World Congress. Espera-se que até 2020 redes experimentais já estejam funcionando no País.

Encontrado morto secretário uruguaio de combate à lavagem de dinheiro


Potencial colaborador da Lava-Jato e uma das principais autoridades do governo do Uruguai no combate à corrupção, o Secretário Nacional de Luta contra a Lavagem de Dinheiro do país, Carlos Díaz, morreu na noite de sábado. O corpo dele foi encontrado boiando na piscina de casa, em Punta Del Este. A Justiça uruguaia está realizando várias perícias para descobrir as causas da morte. A autópsia, divulgada neste domingo, revelou que ele morreu afogado. Colegas de trabalho dizem que Díaz, um ex-fumante de 69 anos com histórico de problemas cardíacos, ocupava um cargo estressante e vinha manifestando sinais de cansaço nos últimos dias. O corpo não apresentava sinais de violência. Díaz se aproximou das autoridades brasileiras nas últimas semanas, a partir da costura de acordos de cooperação com a Procuradoria-Geral da República. O objetivo era ajudar nas investigações da Lava-Jato. Ele estava disposto inclusive a a facilitar o acesso dos procuradores brasileiros às instalações e ao acervo do órgão uruguaio. Pelo menos dois personagens da Lava-Jato já tiveram contas bancárias secretas bloqueadas no país: o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). No cargo desde 2010, Díaz esteve à frente de inúmeras investigações contra o crime organizado. Crítico do epíteto de "Suíça latino-americana" imposto ao país, considerado um paraíso fiscal graças às regras bancárias flexíveis para abertura de contas e off shores, ele defendia a adoção de leis mais duras e de uma maior transparência nas movimentações financeiras praticadas em território uruguaio.

Standard % Poor's informa que empresas brasileiras têm US$ 73 bilhões de dívidas a vencer até 2021

As empresas e bancos brasileiros têm US$ 73,2 bilhões de dívidas que vencem até 2021, 36% do total da América Latina, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, que alerta para o crescente montante de passivos que precisam ser refinanciados na região. A maior parte desta dívida, o equivalente a 89%, foi emitida em dólar, ressalta a S&P. Além disso, dos US$ 61,4 bilhões de passivos a vencer detidos pelo setor não financeiro, a maioria (75%) é de companhias avaliadas na categoria especulativa. Estas empresas costumam pagar taxas mais caras para se refinanciarem do que as classificadas como grau de investimento. A S&P ressalta que o dólar tem registrado volatilidade no Brasil e que, mesmo com a saída da mulhes sapiens petista Dilma Rousseff, a incerteza política e econômica ainda paira sobre o cenário da economia brasileira. O relatório destaca que o real se apreciou 22% em relação ao dólar em 2016, enquanto em 2015 havia registrado desvalorização de 33%, o que é um desafio adicional para o gerenciamento dos passivos das empresas e bancos em moeda estrangeira. A economia brasileira mostra os primeiros sinais de que está saindo da profunda recessão que marcou os últimos dois anos, destaca o relatório. A previsão da S&P é que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça 0,9% este ano. Os escândalos políticos, porém, são um "vento contrário" para este cenário de recuperação. Um dos riscos é de que novas revelações em delações premiadas possam reduzir a governabilidade do presidente Michel Temer. A necessidade de refinanciamento de dívida na América Latina é particularmente alta no setor de petróleo e gás, segundo o relatório. Nesse segmento, o Brasil é o país da região com maior porcentual de passivos a vencer, respondendo por 41% do total. As empresas de petróleo, como a Petrobras e a mexicana Pemex, estão entre as maiores emissoras de dívida da região. A S&P estima que em 2016 mais de 70% dos bônus lançados pelo setor não financeiro, cerca de US$ 20 bilhões, foi de empresas de óleo e gás. No caso brasileiro, considerando o setor não financeiro, o total de dívidas a vencer é crescente nos próximos anos. Em 2017, são US$ 5 bilhões; em 2019, são US$ 10,8 bilhões; e no ano de 2021, são mais US$ 16,4 bilhões. Já o setor financeiro não possui passivos vencendo em 2021, mas tem US$ 3,9 bilhões em 2019 e US$ 3,5 bilhões em 2018. A América Latina tem um total de US$ 202 bilhões de dívidas de empresas e bancos vencendo até 2021. Brasil e México respondem por 72% deste total. O setor financeiro tem US$ 56 bilhões de passivos vencendo até 2021, mas a maior parte (US$ 146 bilhões) é de empresas não financeiras. Estadão

ONU suspende terrorista diretor de escola de Gaza após pedido de Israel

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) anunciou neste domingo a suspensão do diretor de uma de suas escolas em Gaza, acusado de ser um membro atuante da organização terrorista islâmica Hamas, que controla esse enclave árabe. A UNRWA informou que tomou a decisão antes de uma reclamação pública das autoridades de Israel, que lhe pediram que demitisse o terrorista Suhail al-Hindi, que também é chefe da associação de trabalhadores palestinos da agência da ONU. "Antes da mensagem das autoridades israelenses, recebemos informações substanciais de várias fontes que nos levaram a suspender Suhail al-Hindi até o resultado de nossa investigação", assinalou o porta-voz da agência, Chris Gunness. Essa agência da ONU é escandalosamente defensora do terrorismo islâmico árabe. O Cogat, órgão do Ministério da Defesa que coordena as atividades israelenses nos Territórios Palestinos, informou que o terrorista Suhail al-Hindi foi nomeado para a direção do Hamas em uma eleição interna realizada no último dia 13. Foi eleito "responsável do alto escalão para a região de Jabaliya", no norte da Faixa de Gaza, informou o Gogat. "Também está à frente da associação de trabalhadores palestinos da UNRWA desde 2012, e de uma escola primária em Gaza" administrada pela agência. "Devido à gravidade da situação, o chefe do Cogat, general Yoav Mordechai, pediu à UNRWA que demitisse Hindi imediatamente", acrescentou. O Ministério das Relações Exteriores de Israel fez a mesma acusação na última quinta-feira em sua conta no Twitter. No dia seguinte, a UNRWA negou a informação, alegando falta de provas.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Lobistas-operadores do PMDB, presos em Miami, já chegaram ao Brasil e agora estão presos em Brasília


Os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, operadores do PMDB , presos em Miami, nos Estados Unidos, chegaram na manhã deste sábado a Brasília e serão transferidos para Curitiba na quinta-feira, após o carnaval. Os dois foram presos pela Interpol (polícia internacional) na última sexta-feira. De acordo com a superintendência da Polícia Federal, o transporte dos dois foi adiado para quinta-feira devido ao alto preço das passagens aéreas durante o carnaval. Logo após chegarem a Brasília, os dois passaram por exames no Instituto Médico Legal e foram levados à sede da Polícia Federal na capital federal, onde ficarão até quinta-feira. Bruno Luz, ao ser abordado pela polícia de imigração dos Estados Unidos, afirmou que ele e o pai já estavam com as passagens compradas para o Brasil e que não tinham intenção de permanecer foragidos. Os dois tiveram a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro, na 38ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Blackout, em alusão ao sobrenome dos envolvidos. Eles são acusados de intermediar propinas entre empresas que pretendiam fazer contratos com a Petrobras e políticos do PMDB. Ao todo, eles teriam repassado cerca de US$ 40 milhões aos peemedebistas, principalmente senadores. Nas operações, teriam sido utilizadas contas bancárias na Suíça e nas Bahamas. A partir dos anos 1990, Jorge Luz passou a ser um dos principais lobistas em atuação na Petrobras e, de acordo com investigadores da Lava Jato, ele sempre foi muito ligado ao ex-presidente da Câmara, Ele e seu filho são suspeitos de desviar propinas para agentes públicos principalmente em contratos da diretoria Internacional da Petrobras, como a compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000 e na venda, pela estatal, da Transener para a Eletroengenharia. Eles também atuaram em outras diretorias da empresa, como as de Abastecimento e Serviços. Pai e filho também são suspeitos de pagar propinas para o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, por contratos da Petrobras com a Sete Brasil para a exploração do pré-sal. Para operarem os pagamentos ilícitos, os dois utilizavam contas de empresas offshore no Exterior, uma vez que foram detectadas pela força-tarefa da Lava Jato movimentações do tipo na Suíça e nas Bahamas. O PMDB nega que Jorge e Bruno Luz ou qualquer outro operador citado na Lava Jato tenha relação com o partido e nega acusações de recebimento de propinas da Petrobras. O senador Renan Calheiros, líder do partido no Congresso e apontado na investigação como beneficiário das atividades dos lobistas, disse que não vê Luz há 25 anos. “O senador reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais”, diz a nota do peemedebista.

Diálogo Trump e Netanyahu, uma chance de nova saída para árabes e judeus, com o fim da estratégia de Dois Estados

Se você quer saber o que se passa no Oriente Médio, entre Israel e o mundo árabe, não deixe de ler este importante artigo do jornalista e filósofo Luis Milman


O encontro recente de Donald Trump e Benjamin Netanyahu, em Washington, não foi puro cumprimento de formalidade. Houve discussões de fundo sobre a questão dos palestinos e sobre a ameaça iraniana. Assim, vamos por partes. Sobre o Irã, Israel considera que a expansão militar de Teerã cada vez mais acentua uma ameça à sua integridade. O Hezbollah, milícia xiita armada pelos iranianos, possui milhares de mísseis prontos para disparar contra Israel. A Síria, apoiada pelo regime dos aiatolás, se fortalece na luta contra insurgentes e ainda recebe armamento russo, o que coloca em situação de alerta máximo a fronteira norte de Israel. E há ainda o ISIS, que pode, num lance de desespero, tentar lançar ataques contra os israelenses. para não falar de atos terroristas. A situação, como se vê, não é das mais tranquilas para Israel. Quanto a questão palestina, há, sim, novidades, que na era Obama foram simplesmente colocadas para debaixo do tapete e nunca fizeram parte de negociações sérias. Com Trump será diferente: a solução de dois estados para por fim ao problema palestino está cada vez mais distante. Mas não se pense que os Israelenses estejam pensando em anexar pura e simplesmente a Cisjordânia, porque isto implicaria em colocar sob sua jurisdição mais de 2,5 milhões de árabes. Impossível porque isso descaracterizaria Israel como estado judeu. O que ganha espaço nos meios de governo e oposição israelense é uma solução regional para o problema. A solução envolveria o Egito e a Jordânia. O Egito cederia terras na Pensínsula do Sinal para o assentamento de palestinos. Israel construiria um porto em Gaza e um aeroporto na região, além de fazer compensações para os refugiados palestinos, que poderão se deslocar para o novo país. O Egito, que vem estreitando suas relações com Israel, está dando sinais que aceita. O deslocamento de parte da população árabe da Cisjordânia para a Península do Sinal, praticamente despovoada, atenderia a reivindicação da criação de um estado palestino. Israel anexaria as regiões onde há assentamentos e a Jordânia estenderia sua soberania sobre parte dos territórios hoje nas mãos dos israelenses. Ao mesmo tempo, Israel teria sua condição de estado judeu reconhecida não apenas pelos palestinos, mas por todo o mundo árabe. A proposta é objetivamente plausível. Basta que se negocie um acordo abrangente para ser posta em prática. Netanyahu, aliás, tratou exaustivamente do assunto com Donald Trump. Se soluções como esta não forem implementadas, permanecerá o status quo e os palestinos jamais obterão um estado independente. porque suas reivindicações são delirantes, como aquela que exige que Jerusalém oriental venha a ser sua capital. Por algumas razões bem claras, se não for aceita uma solução alterrnativa, alguns pontos decisivos continuarão a prolongar o conflito: a) os átabes palestinos se recusam a reconhecer Israel como um estado judeus; b) Israel só aceitaria uma solução de autonomia na Cisjordânia, se esta permanecesse desmilitarizada, com Israel permanecendo com o controle militar das fronteiras do território autônomo. Essa é uma condição vital e inegociável para a segurança israelense; c) Jerusalém jamais será dividida e d) jamais haverá retorno de refugiados árabes; Os palestinos podem obter o que desejam, um estado, mas fora dos padrões clássicos do conflito..Se forem pragmáticos e inteligentes, terão um estado viável para chamar de seu, na Península do Sinai.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Fachin mantém Gim Argello na cadeia


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento — julgou inviável — ao Habeas Corpus 138238, impetrado em favor do ex-senador Gim Argello (PTB/DF), preso preventivamente na Operação Lava-Jato e condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação. O ministro Teori Zavascki, morto em acidente no dia 19 de janeiro, era o relator das ações da operação e já havia negado liminar no mesmo pedido de habeas. Argello teria extorquido empreiteiras, em 2014, em troca de poupá-las da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. De acordo com Fachin, que sucedeu Teori na relatoria dos processos da Lava-Jato, após o julgamento do habeas corpus do ex-parlamentar no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), houve sentença da Justiça Federal do Paraná em que se reconheceu, ainda que em decisão sujeita a recurso, a culpa de Gim Argello e, na ocasião, a adequação da prisão cautelar foi reexaminada sob um contexto fático-processual "de maior amplitude e profundidade". O relator destacou que vem decidindo que a superveniência de sentença penal condenatória a qual mantém a custódia preventiva anteriormente decretada acarreta a alteração do título prisional e, portanto, prejudica o habeas corpus impetrado em face da prisão antes do julgamento. Segundo ele, a decisão que manteve a custódia cautelar não foi examinada pelo TRF4, de modo que a análise pelo STF configuraria "indevida supressão de instância". "Assim, o estado de liberdade, atualmente, é alvo de ato jurisdicional superveniente, autônomo, de requisitos específicos e que desafia impugnação própria. Esse cenário importa alteração do título judicial que sustenta a medida prisional e, de tal modo, acarreta o prejuízo da impetração", apontou Edson Fachin. No habeas impetrado no Supremo, a defesa do ex-senador alega que a prisão foi decretada com base em "meras suposições, fundadas em simples conjecturas". Sustenta ainda que "não há relação direta alguma entre a essência do esquema criminoso investigado na operação Lava-Jato" e os fatos imputados a ele, porque, como não exerce mais qualquer mandato parlamentar ou cargo público, não estaria participando do esquema delituoso nem integraria qualquer CPI voltada a investigar desvios na Petrobras. 

Polícia Federal indicia pastor Silas Malafaia em inquérito da Operação Timóteo

A Polícia Federal indiciou 49 pessoas, entre as quais o pastor Silas Malafaia, no inquérito decorrente da Operação Timóteo. Deflagrada em dezembro do ano passado, a operação investiga um esquema de corrupção na cobrança de royalties da exploração mineral. 


Pelas redes sociais, Malafaia disse que se tratava de “notícia requentada”. Segundo o pastor, o indiciamento ocorreu no dia 16 de dezembro. Na ocasião, Malafaia foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para explicar a existência de um depósito, na conta dele, de um cheque do escritório de advocacia de Jader Pazinato, um dos alvos da operação, no valor de R$ 100 mil. Para a Polícia Federal, Malafaia foi beneficiado com recursos ilícitos do esquema de corrupção. O pastor afirma que recebeu uma doação. À época, também por meio das redes sociais, Malafaia disse que recebe ofertas de inúmeras pessoas e que declara todos os valores no Imposto de Renda. “Quer dizer que, se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem do dinheiro, sou bandido?” - questionou o pastor em post publicado em dezembro no Twitter. De acordo com as investigações, a organização criminosa usava contratos firmados com prefeituras para desviar recursos de arrecadação da mineração. Responsável pelo inquérito, o delegado Leo Garrido de Salles Meira, indiciou Malafaia pelo crime de lavagem de dinheiro. Por envolver pessoas com foro privilegiado, o inquérito foi remetido ao Superior Tribunal de Justiça. Os autos chegaram no dia 17 de janeiro e foram distribuídos ao ministro Raul Araújo. As investigações estão sob a responsabilidade do vice-procurador geral da República, Bonifácio de Andrada. 

Custo da energia elétrica para pequena e média indústria caiu 10,7% em 2016

O custo da energia elétrica para a pequena e média indústria nacional no mercado regulado atingiu R$ 504 por megawatt-hora (MWh) no ano passado, de acordo com estudo divulgado hoje (24) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O resultado mostra uma queda de 10,7% em comparação a 2015, quando a energia custava para a indústria do país R$ 564,34 por MWh. A sondagem utilizou as tarifas disponibilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a Firjan, a redução se deve à conjuntura econômica adversa, que permitiu diminuição da geração térmica e a substituição da bandeira tarifária vermelha pela verde. A entidade diz, entretanto, que o custo subiu 48,2% desde 2013, quando era R$ 340,10 por MWh, menor resultado da série histórica iniciada em 2010. A energia é, segundo a entidade, um dos principais insumos para a indústria brasileira, usado por 79% das empresas e podendo representar mais de 40% de seus custos de produção. A análise da composição do custo médio da energia elétrica para a indústria no Brasil, em 2016, tem entre seus componentes de maior peso a geração, transmissão e distribuição (GTD), que ficou em R$ 298,45, com participação de 59,2% no total, seguido dos tributos (R$ 135,87 e participação de 27%) e das perdas técnicas (R$ 36,95 ou o equivalente a 7,3% do custo médio total). A pesquisa revela que o Estado do Rio de Janeiro apresenta o maior custo da energia para a indústria do País (R$ 628,83 por MWh), com tributos, superior à média nacional em 24,8%, seguido pelo Pará (R$ 609,79) e Mato Grosso (R$ 580,05). O menor custo aparece no Amapá (R$ 271,45). No caso da indústria fluminense, a economista da Firjan, Tatiana Lauria, especialista em estudos de infraestrutura, destacou a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) do aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para diversos setores, em meio às propostas do pacote anticrise apresentado pelo governo fluminense. A indústria do Rio de Janeiro, que já tem a maior alíquota de ICMS do Brasil para o setor industrial, junto com Paraná e Goiás, de 29%, será afetada pela nova alíquota de 32% quando o consumo ultrapassar 450 quilowatts-hora (KWh) por mês. Isso fará o custo da energia elétrica para a indústria fluminense passar para a faixa de R$ 659,02 por MWh. O aumento será de 5% e entrará em vigor no próximo mês de abril. “No Rio de Janeiro, a gente também tem, que é específico do Estado, as perdas não técnicas, os chamados gatos, ou furtos de energia. A gente tem aqui um quadro grande de perdas não técnicas e sabe que as distribuidoras têm um desafio grande a ser feito e isso impacta na tarifa”, disse Tatiana. As fraudes na medição podem atingir mais de 30% do consumo das concessionárias, que sofrem dificuldades para atuar em áreas muito violentas. A consequência do aumento de ICMS no Estado do Rio de Janeiro é a redução da competitividade da indústria. “A partir do momento em que você está competindo com outras indústrias que estão localizadas em lugares em que esse peso não é tão alto, a gente já sai perdendo”, disse a economista. O Estado com menor alíquota de ICMS sobre energia do País é a Bahia (13%). A Firjan defende que haja mudanças no atual cenário para que a indústria fluminense possa ter maior competitividade. Uma dessas medidas é rever a questão tributária, para que o Rio de Janeiro fique mais equiparado com outros estados. “Para ninguém sair perdendo”, disse a economista. Outra medida importante é a modificação nos critérios de contratação de energia dos leilões, para que levem em consideração a questão regional. “Cada lugar tem uma vantagem. Aqui no Rio, por exemplo, o litoral oferece mais facilidade com o gás natural. Em São Paulo, com a biomassa”, disse Tatiana Lauria. É preciso ainda estimular o combate a perdas, especialmente perdas não técnicas. No que tange à tecnologia, a economista indicou que tem que haver uma regulamentação específica para estimular os smart-grids, ou redes inteligentes, que facilitam ao consumidor controlar seu próprio consumo de energia, segundo avaliação da economista.

Meio-irmão do líder norte coreano foi morto com versão mortal de gás sarin


A polícia da Malásia informou que o meio-irmão do líder norte coreano Kim Jong-Un foi morto por uma versão mais mortal do gás sarin, o agente neurotóxico VX, classificado pela ONU como arma de destruição em massa. As autoridades investigam agora a origem do agente químico usado no ataque cometido contra Kim Jong-Nam por duas mulheres no aeroporto da capital malaia, Kuala Lumpur, em 13 de fevereiro. A presença do VX foi detectada em amostras coletadas no rosto e nos olhos de Kim Jong-Nam, de 45 anos, que morreu pouco depois do atentado, a caminho do hospital. A substância, conhecida como VX no jargão militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), é uma das mais tóxicas que se conhecem e ataca o sistema nervoso e muscular, agindo por inalação, ou por simples contato com a pele. Imagens do sistema de videovigilância do aeroporto mostram a vítima, Kim Jong-Nam, solicitando ajuda aos funcionários do local, que o levaram a uma clínica do terminal aéreo para receber ajuda. A necropsia descartou um ataque cardíaco e a investigação havia se concentrado na hipótese de que uma toxina teria sido aplicada em seu rosto. Os investigadores malaios tentarão agora determinar a procedência do agente químico fatal, disse u o chefe da polícia, Khalid Abu Bakak. "Vamos investigar como entrou no país. O produto é ilegal. É uma arma química", disse. O VX pode ter sido escondido sem dificuldade em uma maleta diplomática, que não está submetida aos controles habituais da alfândega, declarou um especialista em segurança da região. 

Vale anuncia saída de Murilo Ferreira da presidência


A Vale informou que o diretor-presidente da companhia, Murilo Ferreira, não renovará seu contrato. Ele deixa o comando da empresa em 26 de maio, de acordo com fato relevante divulgado nesta sexta-feira. A saída de Ferreira já era esperada pelo mercado. Próximo de completar 65 anos, ele teria defendido que essa é a idade limite para a atuação de diretores. Ferreira afirmou que não desconfia quem será o seu sucessor. “Que eu saiba eu não tenho sucessor, eu nunca fui informado de ter esse sucessor e para falar a verdade eu nem desconfio quem será esse sucessor”, disse. Segundo ele, a decisão de deixar o cargo foi tomada na quinta-feira, de forma antecipada, após especulações na imprensa sobre o tema. Em comunicado, a mineradora ressalta que sob sua gestão, desde maio de 2011, Ferreira “liderou a Vale durante um período de muita turbulência na indústria da mineração mundial e enfrentou alguns dos momentos mais difíceis da história da empresa”. E, que sob seu comando, a Vale “se tornou uma empresa mais enxuta e mais ágil, aumentando significativamente sua competitividade operacional e mantendo um nível de endividamento saudável.” “A Vale simplificou seu portfólio, aumentou sua disciplina na gestão de capital, tendo completado cerca de 20 outros importantes projetos dentro do orçamento e do prazo”, diz o fato relevante assinado pelo diretor-executivo de Relações com Investidores, Luciano Siani Pires. E conclui: “Com sua experiência, dedicação e respeito às pessoas e à vida, Murilo deixa um legado para todas as futuras gerações de executivos e funcionários da Vale".

Procuradoria Geral da República pede abertura de inquérito contra Eliseu Padilha por crime ambiental

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para apurar se o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, cometeu crime ambiental. O caso diz respeito à construção de um canal de drenagem no Balneário Dunas Altas, em Palmares do Sul, no Rio Grande do Sul. A obra foi executada em área de preservação permanente pela Girassol Reflorestamento e Imobiliária Ltda, empresa da qual Padilha seria sócio. O ministro já é processado em ação que contesta a posse de uma propriedade que ele reivindica na mesma área. Após a realização de uma vistoria em outubro de 2014, um parecer técnico elaborado pela Divisão de Assessoramento Técnico do Ministério Público do Rio Grande do Sul apontou que a abertura do canal e a deposição de material “resultaram na alteração dos ambientes naturais existentes no local em uma faixa de cerca de 7 metros de largura e uma extensão de 4.450 metros”. Em seu parecer, Janot ressaltou que um outro relatório de vistoria, elaborado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM), apontou que a construção do canal de drenagem “trata-se de intervenção irregular, não licenciada, em área de preservação, de importância muito alta, conforme indicado pelo Ministério do Meio Ambiente”. Janot observou ainda que nas proximidades da obra havia uma placa que informava “Fazenda Giriva – Posse de Eliseu Padilha”. A apuração iniciou-se no Ministério Público do Rio Grande do Sul e foi remetida ao Ministério Público Federal depois de se descobrir que a área atingida pertence à União. “É o caso de prosseguimento da investigação sob supervisão da Suprema Corte”, escreveu Janot, que pediu que o ministro Padilha fosse notificado para prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados. A suspeita sobre Padilha é a de destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. A pena prevista para esse crime é de um a três anos de prisão ou multa.

Abilio Diniz promove reestruturação da BRF após registro do primeiro prejuízo líquido da história


Após a divulgação do primeiro prejuízo líquido anual da história da BRF, o presidente do conselho de administração, o empresário Abilio Diniz, afirmou que constituiu um comitê para reformular o modelo de gestão da companhia. “Essa será a conversa mais importante dos últimos quatro anos sobre BRF”, disse o executivo ao abrir a teleconferência. Antes de comentar sobre as novas estratégias da alimentícia, Diniz quis esclarecer especulações que transitaram no mercado sobre uma possível saída da Península, gestora de investimentos do empresário, da BRF. “Quero deixar muito claro que a Península fica firmemente com a BRF”, afirmou. Sobre a estratégia de recuperação da companhia, Diniz afirmou que este grupo, já aprovado pelo conselho da companhia, contará com os empresários Walter Fontana Filho, Eduardo D`Ávila e Zeca Magalhães e que deverá corrigir os erros cometidos na empresa, com um prazo de 90 dias de trabalho. “Esse time vai se reunir uma vez por semana. Pretendemos atuar corrigido os erros que cometemos. Essa companhia é incrível, mas está faltando ajustes”, disse o empresário citando também a “conjuntura extremamente adversa em 2016”. Entre os problemas Abilio Diniz citou a falta de informações em tempo real disponível para os gestores. “Precisamos ter agilidade e rapidez, informações precisas no tempo em que elas estão acontecendo”, disse. Apontou uma definição melhor na ligação entre o início da cadeia produtiva e o consumidor final que poderá ser trabalhada com marketing estratégico. “Não vamos garantir resultado de curto prazo, mas não vamos mais fazer o mesmo”, completou. A empresa deve trabalhar na reversão da rentabilidade, retomada de crescimento com foco no Brasil e em um modelo de gestão mais integrado, segundo o CEO da BRF, Pedro Faria. “Enxergamos oportunidades em um modelo de gestão bem diferenciado”, afirmou Faria. Sobre a estratégia de marketing, Faria citou um reforço nos produtos mais básicos e também que o fim das restrições para categorias impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que acontece em julho deste ano, deve potencializar o leque da BRF. Em 2016, a empresa foi pressionada negativamente pelo aumento dos custos dos grãos no Brasil – o milho que é o usado como ração na avicultura, atingiu patamares recordes – e também pela queda do preço médio da carne de frango no mercado internacional e uma valorização do real ante o dólar. A forte queda do consumo doméstico de proteínas e o acirramento da concorrência local também afetaram os resultados da companhia. “Estivemos menos preparados para agir sobre o impacto que os grãos causaram na nossa cadeia”, disse Faria. A companhia também trabalhou com estoques elevados e foi obrigada a trabalhar com a liquidação destes produtos. “Elevamos nossos preços em dezembro. Fomos para um parâmetro diferente dos nossos concorrentes, esse efeito ficou potencializado no quarto trimestre”, disse Faria. A BRF teve uma queda 0,6 pontos porcentuais de market share no trimestre, segundo a Nielsen. “A competição vinda de marcas regionais, cujo posicionamento fica entre 60% e 80% do índice de preço, impactou principalmente as categorias de embutidos e pratos prontos”, afirmou a empresa. No total de janeiro a dezembro do ano passado, o prejuízo líquido da BRF atingiu 372 milhões de reais, contra lucro líquido de 2,928 bilhões de reais em 2015. O Ebitda ficou em 3,413 bilhões de reais no ano, cifra 38,2% menor que a de 2015, de 5,525 bilhões de reais em 2015. Neste período, a margem Ebitda recuou de 17,8% para 10,1%. No último trimestre do ano, a BRF registrou prejuízo líquido de 460 milhões de reais no quarto trimestre de 2016, revertendo o lucro de 1,415 bilhão de reais registrado no mesmo período de 2015. (OE)

Entrevista de Yunes derruba trunfo da delação de Funaro


Depois de Eliseu Padilha e Michel Temer, lógico, ninguém sai mais prejudicado pela entrevista de José Yunes à Veja do que Lúcio Bolonha Funaro. Não por causa da traficância, pois dinheiro vivo no escritório do amigo do presidente é só mais uma em sua extensa ficha. O doleiro e parceiro de Eduardo Cunha já havia confidenciado a amigos que, se resolvesse contar o que sabia, teria como principal trunfo a possibilidade de explodir Padilha. Yunes se antecipou. O episódio em que Yunes diz ter sido mula do (ainda) ministro seria uma das estrelas principais da delação de Funaro, que está em lenta negociação para fechá-la. Mas talvez nem tudo esteja perdido. Os procuradores adorariam que Funaro pudesse revelar com quem Padilha partilhou o conteúdo do pacote deixado no endereço de Yunes. 

Temer admite que sabia do encontro de seu amigo Yunes com o operador Lucio Funaro


Michel Temer admitiu a interlocutores próximos que foi informado, sim, sobre a visita-bomba de Lúcio Bolonha Funaro ao escritório de José Yunes. Com isso, o presidente da República confirma o trecho das revelações de Yunes que mais o compromete. Mas Temer diz que não se lembra da data. Não consegue afirmar nem se a reveladora conversa com Yunes ocorreu antes ou depois de ele assumir a Presidência da República. 

O servilismo inútil do esquerdismo judáico

Leia este artigo do jornalista e filósofo Luis Milman, doutorado em Filosofia pela Universidade de Jerusalém - "Sobre esses judeuzinhos comunistas, ou próximos, de alguma forma, do comunismo, especialmente em sua versão cultural, que formam "núcleos judaicos" nos partidos comunistas, e participam de organizações juvenis judaicas de esquerda, como o Habonim ha Dror e a Hazit ha Noar, que adoram apoiar movimentos como o BDK e boicotar produtos e acadêmicos israelenses, uma constatação: eles são a prova viva que a esquerda se relaciona de forma fetichista com Israel, sempre condenando, com o amparo de seus judeuzinhos, a ocupação que eles apresentam como opressora na Cisjordânia. Os judeuzinhos não estão lá para discutir suas tradições culturais e religiosas com comunistas, seu papel é o de mostrar para o grande público que também há judeus que são solidários com os palestinos. Chega a ser patético o ponto a que chegam alguns deles, para se tornarem simpáticos ao mainstream hegemônico. Li, de um deles, na ocasião da lembrança do Dia do Holocausto da ONU, que dois (2) milhões de ciganos foram exterminados pelos nazistas. A cifra é um exagero daqueles que só se vêem em situações em que se pretende desvirtuar o que de específico foi feito com os judeus. Um despropósito, que se explica pela necessidade de "universalizar", ou, de modo mais adequado, desjudaizar o genocídio, alegando que não foram apenas os judeus as vítimas dos nazistas, mas toda a humanidade. Neste caso, estamos diante de uma trivialidade ou de uma mentira. Nazistas não exterminaram apenas judeus. Mas, um leitor mais atento de Mein Kampf objetaria com facilidade este argumento irresponsável. Hitler, em seu livro autobiográfico, dedicou aos judeus a maior parte de seu texto, culpando-os de todas as formas políticas e raciais que ele considerava degeneradas. Tudo o que era abjeto a ele tinha origem nos judeus, não nos ciganos nem nos homossexuais. Os judeus eram responsáveis pela crise alemã, pela decadência do Ocidente, pela democracia parlamentar, pelo bolchevismo, enfim, eram descritos não apenas como racialmente inferiores, mas como bacilos de uma tuberculose racial. Está tudo lá, basta pesquisar. Sobre os ciganos, em toda a Europa pré-Guerra, havia 800 mil deles e, destes, entre 300 e 500 mil foram mortos. Os nazistas, aliás, nem consideravam ciganos puros como passíveis de extermínio. Ele exterminaram ciganos que consideravam mestiços e nãos puros Roma ou Sinti. Uma barbárie, sem dúvida, mas coerente com a doutrina de higienização étnica hitlerista. Com os judeus o assunto era diferente: havia de se proceder a extinção total da raça judaica, a inimiga da humanidade. Propor uma simetria entre ciganos e judeus corresponde a pretender, se a afirmação é feita por um judeu, a tornar o holocausto uma questão não específica, privando o povo judeu até mesmo de sua condição de vítima de uma doutrina que, na época hitlerista, elegeu os judeus como o inimigo mais bestial a ser vencido. Hoje, ser anti-Israel, ou crítico das políticas israelenses, é uma condição para existência política destes núcleos e organizações juvenis judáicas, algumas das quais empunham bandeiras da Palestina em suas manifestações pró-paz. Imaginem o oposto: se um palestino desfraldassse uma bandeira de Irsael em uma manifestação pacífica. Ele seria linchado. Quanto aos judeuzinhos que cantam "Imagine", de John Lenon, em suas passeatas, dentro e fora de Israel, representam não menos que um fenômeno de autoflagelo, imposto para que possam habitar no mundo ideológico dominado pelo esquerdismo".


Fim da conversa no bate-papo

Lava Jato quer levar as "tralhas" de Lula de volta para o Palácio do Planalto


A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, pediu ao juiz federal Sergio Moro que autorize a Secretaria de Administração do Planalto a incorporar ao patrimônio da Presidência da República uma parte dos objetos sob a guarda do poderoso chefão da orcrim petista e ex-presidente Lula. O petista afirma ter recebido o que ele classificou como “tralhas” de presente quando exerceu os dois mandatos presidenciais (2003 a 2010). Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia – a mesma que levou o ex-presidente para depor de forma coercitiva no dia 4 de março de 2016. Na ocasião, a Polícia Federal achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no cofre do Banco do Brasil desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência. Conforme a Procuradoria da República, os objetos estavam em nome de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente e da ex-primeira dama Marisa Leticia Lula da Silva – que morreu no dia 3 de fevereiro -, “conforme documentação que havia sido anteriormente apreendida por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente”. Em ofício de 17 de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos dos que estavam no cofre-forte do banco deveriam ser incorporados ao patrimônio da Presidência. No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras “tralhas” que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público. Antes disso, ele havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal em Brasília. A defesa de Lula criticou a iniciativa e disse que o mesmo procedimento não foi adotado em relação a outros ex-presidentes. “O pedido (…) é mais um exemplo gritante dos abusos e da perseguição imposta ao ex-presidente”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins por meio de nota. “A única interpretação possível é a de que a Lava Jato busca destruir a imagem e a história de Lula". Segundo a defesa, “a tentativa de retirar bens de seu acervo presidencial agora posta em curso é parte dessa estratégia impatriótica”. “Isso porque o processo de recebimento, catalogação e entrega dos bens relativos ao acervo de Lula seguiu os mesmos parâmetros aplicados para os demais ex-presidentes da República desde 1991, quando entrou em vigor a lei 8.394, que disciplina o assunto”, continua o texto. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento a Moro no dia 9 de fevereiro como testemunha de defesa de Lula e afirmou que também mantém em seu acervo presentes recebidos de chefes de Estado e em eventos oficiais quando era presidente da República. “Exatamente o que a força-tarefa quer retirar de Lula”, diz o advogado. Ele ainda ressaltou que há vício no processo administrativo, que deveria ter sido feito em Brasília, e que a entrega do acervo só poderia ser conduzida por um órgão cível da Justiça Federal. “A matéria é estranha à competência reservada às varas criminais”, afirmou. (OE)

Justiça paulista decide que prefeito paulistano João Doria pode apagar grafites sem pedir autorização


A Justiça de São Paulo suspendeu a liminar que proibia a gestão do prefeito João Doria (PSDB) de apagar murais e grafites na capital paulista sem aval prévio do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp). A proibição havia sido determinada há dez dias por um juiz de primeira instância a partir de uma ação popular movida por um morador. Em decisão publicada na quinta-feira, a desembargadora Maria Olívia Alves, da 6ª Câmara de Direito Público, acolheu o recurso da gestão Doria contra a liminar e afirmou que o pedido contido na ação popular era “demasiadamente genérico” e que a proibição imposta à prefeitura “parece tolher a ação do administrador no cuidado e preservação de áreas e prédios públicos”. “Não há dúvida de que as manifestações artísticas, como é o caso do grafite, merecem toda proteção por parte do poder público, conforme assegura a Constituição Federal. Por outro lado, não se pode perder de vista que incumbe ao próprio poder público exercer o poder de polícia ambiental e implementar políticas públicas para zelar pela paisagem urbana”, afirma. A proibição havia sido determinada no dia 13 de fevereiro pelo juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, em ação popular movida por Allen Ferraudo depois que a gestão Doria pintou de cinza o mural com uma série de grafites na Avenida 23 de Maio, no mês passado. O juiz afirmou que esse tipo de alteração da paisagem urbana, conforme previsto no Estatuto da Cidade, “não pode ser decidida discricionariamente pelo administrador de plantão, e, também, deve ser orientada no sentido de proteger, preservar e recuperar o patrimônio cultural e artístico”. No recurso, a prefeitura alegou que a remoção de alguns murais de grafite, como o da 23 de Maio, “foi devidamente justificada pelo exaurimento temporal da autorização conferida pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) e também pelo fato de que os murais já se encontravam degradados por pichações ou desgastados pela emissão de gases pelos veículos”. A gestão Doria argumentou ainda que a liminar “implica perigo de dano irreparável à municipalidade, pois interfere diretamente na nova política pública de revitalização da cidade e de combate à poluição visual, bem como estimula novas pichações e atos de vandalismo”. A magistrada que derrubou a liminar ponderou que “se houver violação a manifestação reconhecidamente cultural e artística, isso deverá ser questionado e avaliado de forma individual”, mas que “não se pode admitir a imposição de comandos genéricos à ação do administrador público, pois sua atuação estará totalmente frustrada e não haverá sentido em sua eleição pelo povo”.

CNN, NYT e outros veículos esquerdistas são barrados na Casa Branca


Jornalistas de diversos veículos da imprensa dos Estados Unidos, como a emissora CNN, os jornais The New York Times e Los Angeles Times e os sites Politico e Buzzfeed, além de boa parte dos correspondentes estrangeiros, foram proibidos de participar de uma entrevista coletiva do porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, nesta sexta-feira. A agência de notícias Associated Press e a revista Time não quiseram comparecer ao evento, em boicote à decisão das autoridades de barrar parte da imprensa. Por meio de um comunicado, a CNN chamou o ocorrido de “inaceitável: “Aparentemente, é assim que a Casa Branca retalia quando você divulga fatos que eles não gostam. Independente do que aconteceu, vamos continuar divulgando”. A jornalista da CNN, Sara Murray, contou que aguardava na fila para entrar na sala onde ocorreria a coletiva quando foi informada da existência de uma lista de participantes, que a jornalista descreveu como um fato “atípico”. “Nós incluímos nossos nomes nessa lista, porém, quando nos dirigimos ao local da coletiva, fomos bloqueados por um funcionário da Casa Branca, que informou que não estávamos na lista para o evento hoje”, disse Sara. As redes NBC, ABC, FOX e CBS entraram na sala para acompanhar o pronunciamento seguido de perguntas dos jornalistas, realizado periodicamente pelo porta-voz da Casa Branca à imprensa. Mais cedo, em discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o principal encontro dos republicanos nos Estados Unidos, Trump voltou a atacar a imprensa. “Estamos combatendo as notícias falsas. São falsas, mentiras, falsas. Há poucos dias chamei as notícias falsas de inimigas do povo, e elas são”, afirmou. “Temos que lutar contra eles. Os veículos de imprensa são muito inteligentes, muito astutos e desonestos (…). Ficam irritados quando expomos suas notícias falsas”, indicou o presidente no fórum. 

Silvio Santos obtém aval para transmitir comando do SBT às filhas


Os canais que formam a rede do SBT foram autorizados, por decretos assinados pelo presidente Michel Temer e publicados na quinta-feira no Diário Oficial da União, a ter suas concessões transferidas. Na prática, isso significa que o SBT já está se preparando para a sucessão de Silvio Santos, que poderá transferir a rede a suas filhas e herdeiros. Foram autorizadas “a transferência indireta e a modificação do quadro diretivo” do SBT Canal 11 do Rio de Janeiro, SBT Canal 5 de Porto Alegre, SBT Canal 4 de São Paulo e TV Stúdios de Brasília. 

Temer tenta construir defesa dizendo que não recebeu nenhum dinheiro sem amparo na lei eleitoral


O presidente Michel Temer disse, em nota oficial, que nunca pediu contribuição em dinheiro de empresas para suas campanhas eleitorais ou de seu partido, o PMDB, do qual foi presidente por dez anos (2001-2010), que não fosse dentro da lei. O objetivo do presidente com a nota foi se posicionar em relação às declarações do ex-assessor especial José Yunes, amigo de Temer há quase 50 anos, que disse ter sido “intermediador” do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, no recebimento de um “pacote”, entregue pelo doleiro Lúcio Funaro, cuja relação com partidos é alvo da Operação Lava Jato. “Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da lei eleitoral”, diz o texto, divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência. “A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio”, completa o texto. Yunes disse que o “pacote” foi entregue em seu escritório pelo operador Lúcio Funaro, para que fosse repassado a Padilha, a um mês da eleição presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma Rousseff-Temer, mas alegou que não viu o conteúdo. Apesar da afirmativa, Yunes negou que tenha atuado como operador dos recursos de campanha do PMDB. Delatores da Lava Jato ligados à Odebrecht disseram que deram 4 milhões de reais, oriundos de propina na Petrobras, para o partido – parte deste montante teria sido entregue por Funaro a Yunes. Outros 6 milhões de reais irrigaram a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo.

Petrobras reduz preço do diesel em 4,8% e da gasolina em 5,4%


A Petrobras anunciou na noite desta sexta-feira que decidiu reduzir o preço médio da gasolina cobrado nas refinarias em 5,4%, e do diesel em 4,8%. Os novos valores já estão sendo aplicados a partir deste sábado. Se o ajuste for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, a gasolina deve cair em média 2,3%, ou cerca de 9 centavos por litro, e o diesel 3%, também 9 centavos. A empresa começou em outubro a fazer uma revisão, pelo menos uma vez a cada 30 dias, dos preços de venda dos seus combustíveis às distribuidoras. Na última alteração, em 26 de janeiro, as reduções para a gasolina e do diesel foram de 1,4% e 5,1%, respectivamente. Porém, como os postos têm liberdade para decidir o valor cobrado, nem sempre os descontos no preço são repassados ao consumidor. De acordo com a petroleira, os novos preços anunciados nesta sexta-feira continuam com uma margem positiva em relação aos valores cobrados no mercado internacional e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios para o período entre 2017 e 2021. “A decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços, pela redução no valor dos fretes marítimos e ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno”, disse a Petrobras em nota à imprensa.

Contas de luz voltarão a aumentar em março


As contas de luz vão voltar a ter cobrança adicional em março. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira que as faturas de energia terão a bandeira amarela no próximo mês. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel. O nível amarelo indica uma cobrança extra de 2 reais a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Segundo a agência reguladora, a previsão de chuvas para o mês de março ficou abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais termelétricas para abastecer o País. Com essa medida, será possível poupar água dos reservatórios das hidrelétricas. A última vez em que a bandeira amarela vigorou foi em novembro. De dezembro a fevereiro, vigorou a bandeira verde, sem adicional na conta de luz. De acordo com a Aneel, no próximo mês, será preciso ligar usinas termelétricas com custo acima de 211,28 reais por megawatt-hora (MWh). Quando o custo da última térmica acionada supera esse valor e fica abaixo de 422,56 reaus por MWh, é aplicada a bandeira amarela. O relatório mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que o custo da última usina térmica acionada no mês que vem será de 279,04 reais por MWh. Quando o custo das termelétricas ligadas supera 422,56 reais por MWh, a Aneel utiliza o primeiro patamar da bandeira vermelha, que adiciona entre 3 reais a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for superior a 610,00 reais por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da bandeira vermelha, cujo acréscimo é de 3,50 reais a cada 100 kWh. Neste ano, a Aneel decidiu que o custo da energia no mercado de curto prazo (PLD) não será mais o único critério para acionamento de bandeiras. O teto do PLD é 422,56 reais, e corresponde ao primeiro patamar da bandeira vermelha. A metade deste valor, 211,28 reais, corresponde ao limite da bandeira verde. Agora, de acordo com a Aneel, em um cenário hídrico desfavorável, o acionamento das bandeiras poderá ocorrer antecipadamente, mesmo que o custo das térmicas não chegue nos níveis de preço pré-determinados. O objetivo é reduzir o risco das distribuidoras de arcar com custo de geração mais elevados e poupar o caixa das concessionárias.

Odebrecht vai emitir os executivos que fizeram delação, por exigência da lei americana


Logo depois do Carnaval, Emilio Odebrecht vai demitir 51 executivos dos 77 que fizeram delação premiada. A medida faz parte do acordo de leniência com o Departamento de Justiça americano. Representantes do órgão chegam no início de março para checar o cumprimento dessa cláusula.

Construtoras peruanas sócias da Odebrecht em rodovia negam saber de propinas


As construtoras Graña y Montero e a Ingenieros Civiles y Contratistas Generales (ICCGSA) negaram saber das propinas pagas pela brasileira Odebrecht a funcionários peruanos em uma licitação para a construção de uma estrada vencida pelas três empresas em consórcio. As duas companhias negaram em diferentes comunicados divulgados neste sábado (25)as declarações do ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, que afirmou que elas sabiam dos pagamentos ilícitos realizados para que o consórcio vencesse a licitação da Estrada Interoceânica do Sul, rodovia que liga o Peru ao Brasil. A Graña y Montero negou "categoricamente" as declarações de Barata ao promotor Hamilton Castro. O ex-diretor está realizando uma espécie de delação premiada no Peru, trocando informações para facilitar as investigações em troca de redução de pena. "Nossa empresa e nossos executivos nunca souberam, muito menos administraram ou realizaram, sobre qualquer tipo de propina ou reembolso por pagamentos desse tipo realizados pela Odebrecht", indicou a nota da Graña y Montero. A ICCGSA afirmou que nem a empresa nem os funcionários tinham conhecimento ou participaram dos atos ilícitos reconhecidos pela Odebrecht nos trechos 2 e 3 da Estrada Interoceânica do Sul, que cruza o Peru do Oceano Pacífico até a fronteira com o Brasil. As duas construtoras peruanas manifestaram a disposição de colaborar com as investigações. Segundo trecho do depoimento de Barata divulgado na sexta-feira (24) pela revista "Hildebrant", as empresas sabiam que a Odebrecht tinha subornado funcionários do governo e que tinham também que assumir a parte correspondente da propina. No entanto, o ex-diretor afirmou que elas não sabiam de detalhes do acordo. As declarações fizeram com que as ações da Graña y Montero caíssem 33,33% na Bolsa de Valores de Lima na sexta-feira (24). Os investidores temem um grave prejuízo à reputação da construtora e decidiram vender os papéis para se proteger. No mesmo depoimento, Barata afirmou que a Odebrecht pagou US$ 20 milhões em propina ao ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, para que ele favorecesse a construtora na licitação da Estrada Interoceânica. Toledo foi acusado pela Justiça do país e contra ele há um mandato de prisão internacional.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Ministro do STF assombra o País e manda soltar ex-goleiro Bruno, preso há seis anos, condenado por mandar matar Elisa Samudio


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu nesta sexta-feira habeas corpus para soltar o goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 32 anos, preso desde 2010 – ele foi condenado a 22 anos de prisão em 2013 pelo assassinato da namorada, Eliza Samudio. Segundo o ministro, o goleiro tem o direito de responder em liberdade, já que é réu primário e possui bons antecedentes criminais. “Colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato”, escreveu Marco Aurélio. Com a decisão, o goleiro poderá aguardar a apreciação dos recursos em liberdade. O habeas corpus foi pedido pela defesa de Bruno alegando “bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita”. A decisão do ministro Marco Aurélio de Mello causou polêmica nas redes sociais mas, entre juristas, foi considerada perfeita, especialmente por causa do excesso de prazo. O recurso de apelação da sentença está há quase quatro anos na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Aliás, outro recurso, impetrado pelo Ministério Público para aumentar a pena de Bruno, também não foi julgado até hoje. Outro trecho criticado da decisão do ministro do STF trata de seus “bons antecedentes”. Na verdade, em 2015 o Superior Tribunal de Justiça aumentou para 2 anos e 3 meses a pena de Bruno pelo sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal de Eliza Samudio, no episódio em que ele e seus comparsas mantiveram Eliza em cárcere privado, em outubro de 2009, e a obrigaram a tomar abortivos durante a gravidez. Como os recursos ainda não se esgotaram, juridicamente ele é considerado um homem de bons antecedentes. O caso de Eliza com Bruno – que era casado, tinha noiva e uma amante fixa – veio à tona em outubro de 2009, quando ele e seu fiel escudeiro Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a procuraram, espancaram, encostaram uma arma em sua cabeça e lhe deram à força um abortivo que não funcionou. A jovem conheceu o goleiro durante uma festa na casa de outro jogador e alegava estar grávida dele. Eliza denunciou a agressão e, com medo da reação de Bruno, refugiou-se na casa de amigos, sem revelar seu paradeiro. Após perseguições e promessas de pagamento de pensão, Eliza foi considerada morta no dia 10 de junho de 2010 – seu corpo nunca foi encontrado. A jovem foi atraída até a chácara do então ídolo do Flamengo em Minas Gerais. Lá, permaneceu em cárcere privado por vários dias – sempre com seu filho a tiracolo. Bruno não reconhecia a paternidade da criança. O goleiro foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), outros três anos e três meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e um ano e seis meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada após o goleiro ser considerado o mandante do crime e reduzida depois da confissão do jogador. A decisão de Marco Aurélio causou polêmica nas redes sociais mas, entre juristas, foi considerada perfeita. Sobre o fato de o ministro ter citado que Bruno é primário e possui bons antecedentes, isso só ocorre porque ainda não foi transitada em julgado a condenação de 2015 pelo Superior Tribunal de Justiça de 2 anos e 3 meses de prisão de Bruno pelo sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal de Eliza. No episódio, o ex-goleiro e amigos mantiveram Eliza em cárcere privado, em outubro de 2009, e a obrigaram a tomar abortivos durante a gravidez. Como os recursos ainda não se esgotaram, juridicamente ele é considerado um homem de bons antecedentes.

Melhor amigo de Temer delata ministro chefe da Casa Civil: "Fui mula do Padilha"



O acordo de colaboração dos 77 executivos da Odebrecht recebeu o apelido de “delação do fim do mundo” porque atinge os maiores partidos do País — do PT ao PSDB, passando pelo atual inquilino do poder, o PMDB. Prestes a ter seu sigilo levantado, essa megadelação também ameaça o mandato do presidente Michel Temer, já que o Tribunal Superior Eleitoral decidiu usar parte de seu conteúdo no processo que pode resultar na cassação da chapa Dilma-­Temer. Nos próximos dias, o TSE ouvirá Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, e Claudio Melo Filho, ex-­vice-presidente da empresa, para saber se eles confirmam uma das informações prestadas aos procuradores da Operação Lava-Jato: que em 2014, depois de um pedido pessoal de Temer a Marcelo, a Odebrecht repassou 10 milhões de reais em dinheiro vivo, contabilizados em seu departamento de propina, a pessoas da confiança do então vice-­presidente. Do total, de acordo com a delação, 6 milhões de reais irrigaram a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo. O pagamento do restante foi realizado “via Eliseu Padilha”, hoje chefe da Casa Civil, e um dos endereços de entrega do dinheiro foi o escritório de advocacia de José Yunes, amigo de Temer há meio século e seu ex-assessor especial. 


Desde que VEJA revelou o caso, em agosto do ano passado, Temer e Padilha dizem que houve um pedido de doação legal, realizada nos termos da lei eleitoral. Ao formalizar sua delação, Claudio Melo Filho manteve a versão de que foi feito, na verdade, um repasse de propina, em espécie. Essa versão agora é reforçada pelo próprio Yunes, acusado de participar da transação. Após se demitir do cargo de assessor especial da Presidência em dezembro, na véspera da homologação da delação da Odebrecht, Yunes conversou com VEJA na quarta-feira 22, durante uma hora e vinte minutos. “Fui mula involuntário”, declarou, apresentando-se como um inocente útil nas mãos de Eliseu Padilha. De acordo com Yunes, Padilha entrou em contato para solicitar-lhe um favor em setembro de 2014, mês em que, segundo o delator da Odebrecht, parte da fatura dos 10 milhões de reais foi quitada. “Padilha me ligou falando: ‘Yunes, olha, eu poderia pedir para que uma pessoa deixasse um documento em seu escritório? Depois, outra pessoa vai pegar’. Eu disse que podia, porque tenho uma relação de partido e convivência política com ele.” 


Pouco tempo depois, Yunes estava em seu escritório de advocacia em São Paulo quando, diz ele, a secretária informou que um tal de Lúcio estava ali para deixar um documento. “A pessoa se identificou como Lúcio Funaro. Era um sujeito falante e tal. Ele me disse: ‘Estamos trabalhando com os deputados. Estamos financiando 140 deputados’. Fiquei até assustado. Aí ele continuou: ‘Porque vamos fazer o Eduardo presidente da Casa’. Em seguida, perguntei a ele: ‘Que Eduardo?’. Ele me respondeu: ‘Eduardo Cunha’. Então, caiu a minha ficha que ele era ligado ao Eduardo Cunha. Eu não sabia. Fui pesquisar no Google quem era Lúcio Funaro e vi a ficha dele”, conta Yunes. Preso pela Lava-Jato, Lúcio Bolonha Funaro é um conhecido operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também preso no escândalo do petrolão. O doleiro era responsável por arrecadar, em nome do ex-deputado, propinas com empresários interessados em fazer negócios com a Caixa Econômica Federal e emplacar emendas em medidas provisórias no Congresso. A conversa entre Funaro e Yunes foi breve. Eis o relato de Yunes. 


“Ele deixou o documento e foi embora. Não era um pacote grande. Mas não me lembro. Foi tudo tão rápido. Parecia um documento com um pouco mais de espessura. Mas não dava para saber o que tinha ali dentro”, conta o advogado. “Depois disso, fui almoçar. Aí, veio a outra pessoa e levou o documento que estava com a minha secretária". Yunes disse que não se recorda do nome da segunda pessoa que foi retirar o pacote destinado a Padilha em seu escritório. Ele conta que, como Padilha o avisara de que a encomenda era para ele, não quis saber o que era aquele misterioso “pacote”. De acordo com a delação de Claudio Melo, um dos pagamentos destinados a Padilha “ocorreu entre 10 de agosto e o fim de setembro de 2014 na Rua Capitão Francisco Padilha, 90, Jardim Europa”. O endereço é a sede do escritório de advocacia José Yunes e Associados. A sala de Yunes fica localizada no 2º andar, que pode ser acessado por meio de escada ou elevador. 


“A delação do Claudio Melo fala que recebi 4 milhões. Cá entre nós, 4 milhões não caberiam num pacote, né? O que o Lúcio deixou aqui foi um pacotinho. Não era um pacote grande. Foi tudo tão rápido. Parecia um documento com um pouco mais de espessura". 
Foi lá que Yunes quebrou o silêncio. Ele revelou que em 14 de fevereiro último viajou para Brasília acompanhado de seu advogado para prestar um depoimento espontâneo à Procuradoria-Geral da República, gravado em vídeo. Agiu assim para tentar antecipar-se ao estrago decorrente da delação da Odebrecht. “Eu disse para o procurador: ‘Fui um mula involuntário do Padilha’.” Na versão de José Yunes, ele foi usado pelo ministro-chefe da Casa Civil, que é quem deve se explicar sobre o caso. Na conversa entre Yunes e VEJA, deu-se o seguinte diálogo: 
— O ministro Eliseu Padilha diz que a história narrada pelo delator da Odebrecht jamais existiu. O que o senhor tem a dizer? 
— Cada um com os seus valores (…) Tenho um apreço até pelo Padilha, porque ele ajuda muito o presidente. Mas não teria problema nenhum ele reconhecer que ligou para mim para entregar um documento, o que é verdade. Vamos ver o que ele vai falar. Estou louco para saber o que ele vai falar. Ele é uma boa figura. Mas, nesse caso, fiquei meio frustrado. Não sei. É tão simplório. É estranho, não é? 
— Mas o senhor não suspeitou que dentro do pacote poderia ter dinheiro? 
— Ah, não dava para saber. Não era um pacote grande, não. Mas não me lembro. Foi tudo tão rápido. Parecia um documento com um pouco mais de espessura. Mas não dava para saber. A delação do Claudio Melo fala que recebi 4 milhões de reais. Cá entre nós, 4 milhões não caberiam num pacote, né? O que o Lúcio deixou aqui foi um pacotinho. 
Procurado por VEJA, o ministro Padilha deu sua versão: 
— Qual a relação do senhor com Lúcio Funaro? 
— Não o conheço! 
— O senhor já pediu alguma vez que Lúcio Funaro entregasse algo no escritório de José Yunes? 
— Por não conhecê-lo, logo não pedi nada a ele. 
Em sua delação, Claudio Melo Filho não especifica quanto dos 4 milhões de reais foi levado ao escritório de Yunes. Declara apenas que houve entrega de parte do dinheiro no local. Ele também narra ter ouvido de Padilha que Cunha ficou com 1 milhão de reais da propina. Os investigadores da Lava-Jato vão apurar se o “pacote” deixado por Funaro no escritório de Yunes tem ligação com o dinheiro destinado a Padilha ou com o 1 milhão de reais endereçado a Cunha. Uma pista dessa resposta foi dada pelo próprio Eduardo Cunha. Em novembro, o ex-presidente da Câmara listou 41 perguntas direcionadas ao presidente Michel Temer, arrolado como sua testemunha de defesa. Entre as questões, duas chamam atenção: “Qual a relação de Vossa Excelência com o senhor José Yunes? O senhor José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?”. No fim do ano passado, VEJA enviou essas mesmas perguntas ao presidente, que não as respondeu. Na semana passada, Yunes enfrentou essas mesmas questões. 


Ele negou que tenha arrecadado dinheiro para a campanha de Temer ou mesmo para o PMDB e ressaltou que sua relação com o presidente é baseada numa amizade de longa data, desde os tempos de faculdade. As perguntas de Cunha, segundo Yunes, são uma “ameaça velada ao presidente”, que, de acordo com o advogado, “não está nada preocupado com uma eventual delação”. No caso da Odebrecht, a delação inclui dois dos mais importantes auxiliares de Temer: o próprio Eliseu Padilha, apelidado de “Primo”, e Moreira Franco, cujo codinome é “Angorá”. “Acredito que há uma interação orquestrada entre ele (Moreira Franco) e Eliseu Padilha para a captação de recursos para o seu grupo do PMDB”, diz Claudio Melo Filho na delação. Sob o crivo da Procuradoria-Ge­ral da República e, agora, do TSE, essa interação vai se descortinando depoimento a depoimento. 

Construtores venderam apartamento para até oito clientes ao mesmo tempo em Florianópolis

Moradores da Praia dos Ingleses, em Florianópolis, foram vítimas de um golpe de construtores que venderam os mesmos apartamentos para até oito pessoas diferentes. Alguns compradores chegaram a investir mais de R$ 100 mil. Eles foram lesados por dois homens que se apresentaram como construtores de São Paulo, que começaram as obras de três condomínios na praia dos Ingleses em 2015. A venda de todos os apartamentos foi feita com a participação de imobiliárias. Os construtores sumiram, abandonaram a obra e deixaram 100 compradores sem saber o que fazer. Os que adquiriram os imóveis por meio de uma imobiliária dizem que receberam a garantia de que os apartamentos não tinham irregularidades. "Eu acompanhava toda a projeção, entrega de material, pedido de material, eu acompanhava pessoalmente lá na loja. Eu vinha acompanhando tudo, eu visitei prédios que ele tinha entregue, prédios que não davam problema de estrutura, que não davam problema de pós-obra, foram fatores determinantes para eu comprar este apartamento", disse uma das vítimas, Rodrigo Silveira. Os três prédios foram construídos de forma irregular, sem fiscalização da prefeitura e só foram interditados depois que os compradores denunciaram o golpe à polícia. 


"Eles não fiscalizam, eles não regulamentam, daí abre espaço para imobiliárias ganharem muito dinheiro e venderem essas obras que são irregulares", denunciou Jamil Oliveira, outra vítima. O advogado de um grupo de moradores acredita que esse golpe envolve também o crime de formação de quadrilha. "No meu entendimento, há outros crimes, como falsidade documental, falsidade ideológica e, talvez, há indícios fortes de formação de quadrilha", explicou o advogado Rodrigo Zambarda. O delegado responsável pelo caso é Nivaldo Claudino. Ele não informa nada. 

Construção de aeroporto em Ratones, no norte de Florianópolis, provoca reação de catarinenses


Um projeto pretende criar um condomínio aeronáutico para aviação executiva e lazer, com espaço para ultraleves e jatos ao lado de Jurerê Internacional, em Florianópolis, no bairro de Ratones. A previsão de início das obras, conforme a empreendimento, é o segundo semestre de 2018. O projeto ainda está em fase de análise ambiental por uma consultoria, mas já produz intenso questionamento dos moradores do bairro Ratones e de ambientalistas. Idealizado pelo Empreendimento Aeronáutico Costa Esmeralda, também responsável por condomínios aeronáuticos em Porto Belo, Búzios (RJ) e Lagoa do Bonfim (RN), o projeto prevê inicialmente a construção de 374 hangares com um investimento inicial de R$ 60 milhões, com verba de quatro investidores. Conforme Sandro Silva, um dos sócios do empreendimento, o espaço já foi adquirido pela empresa. Ao todo, a área tem mais de 2 milhões de metros quadrados. Entretanto, o espaço para o aeroporto deve ser de 400 mil metro quadrados. Já a pista de pouso tem previsão de 1.299 metros de extensão. "Tem algumas particularidades, principalmente na questão ambiental. Mas estamos fazendo todos os procedimentos para garantir a segurança da região. É um equipamento (condomínio) para gerar melhoria, desenvolvimento", disse Silva.


No terreno adquirido pelos construtores há uma área de preservação permanente de manguezal e outra de cursos d´água. Conforme a consultoria contratada, a Socioambiental, o empreendimento em si ficaria em uma área de vegetação de Mata Atlântica, onde o corte de árvores poderia ocorrer entre 50% a 70% do terreno. Segundo o presidente da Associação de Moradores de Ratones (Amore), Flavio de Mori, os moradores foram contatados pelo empreendedor no final de 2016. Desde então, há reuniões com a diretoria da associação. "A comunidade ainda não fez o seu juízo de valor. O que queremos agora é buscar o maior numero de informações possíveis, ainda há muitas dúvidas, para que possamos tomar uma posição sobre o empreendimento", disse Flávio de Mori. Nas redes sociais, no entanto, já há uma comunidade com mais de mil integrantes, entre eles moradores, que se dizem contra a implantação do aeroporto. De acordo com Silva, o empreendimento já conseguiu a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Houve um termo de referência recebido pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICmbio), responsável pela reserva Carijós. Conforme a Fatma, esse termo apenas dá o direcionamento para que a consultoria contratada faça estudos necessários para futuras análise das licenças ambientais. Entretanto, nenhum projeto foi, de fato, protocolado, informou a fundação. No dia 14 de janeiro, a consultoria Socioambiental e o empreendimento realizaram uma apresentação do projeto no bairro, com mais de 80 moradores presentes. Entretanto, uma audiência pública com a mediação do Ipuf ainda deve ser feita. "Após a conclusão do projeto vamos realizar uma audiência pública. A exigência é que sejamos 100% transparentes", afirma Silva. Conforme o empresário, com os trâmites burocráticos resolvidos, que ainda implicam autorizações no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), o início da obras deve ocorrer no segundo semestre de 2018. A comercialização completa, de acordo com o empresário, dura em torno de 60 meses. Já a construção do complexo como um todo pode durar mais de 10 anos. A decisão de construir no local, conforme o empreendedor, foi dada pelo potencial da região, tanto de turismo quanto de negócios, próximo a um parque tecnológico e de inovação. Na região, moram 4 mil pessoas. A área de Mata Atlântica do Ratones esta entre as três ou quatro remanescentes em espaço urbano. A consultoria Socioambiental tem até abril para terminar os estudos e se comprometeu a realizar estudos mais profundos com relação ao impacto sonoro e a fauna. A construtora também analisa contrapartidas à comunidade, como a dragagem do rio Ratones. Também está pendente, conforme o diretor da Socioambiental Ricardo Arcari, o estudo do impacto na reserva Carijós, que também é questionado pelos moradores. A consultoria afirma que o projeto ainda busca viabilidade para que o espaço não seja alagado, porque há a previsão de aterrar uma área para pista de pouso, e detalhar o impacto sonoro aos moradores. Segundo ele, não está previsto despejo de esgotamento na região, que funcionaria em um sistema de reuso de água tratada no próprio local. Na esfera pública, a questão deve ter desdobramentos. A atual gestão da prefeitura afirma que, pelo Plano Diretor atual, não pode autorizar o condomínio. Em 2016, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) emitiu um parecer negativo sobre a construção, alegando que o zoneamento da região, segundo o Plano Diretor vigente, não permitiria o condomínio aeronáutico. Conforme a prefeitura, o Ipuf também solicitou que a construtora participasse de audiências públicas com a comunidade, que ainda ocorrem no município para a aprovação de um novo Plano Diretor, para que o assunto fosse debatido e analisado. Entretanto, conforme o empreendedor, a gestão passada na Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU) foi consultada e emitiu um parecer pela viabilidade, condicionada ao licenciamento ambiental. De acordo com o Empreendimento Aeronáutico Costa Esmeralda, entre os benefícios à comunidade, estaria a criação de cerca de 350 postos de trabalho. "Queremos fazer um convênio com o Senai para formar mecânicos para a região. O empreendimento gera muitos empregos, do piloto à guarita", disse Silva. "Também queremos e já começamos a discutir para levar a base aérea do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para o local. Também temos a ambição de trazer uma UTI móvel", completou o empreendedor. Tanto a associação de moradores quanto os empreendedores se dizem "preocupados" com um incêndio que ocorreu na última quinta-feira (16) na região. Cerca de 11 hectares de mata foram queimados. Conforme o empreendedor, uma semana antes do incêndio, foi feito um sobrevôo de drone pela construtora na região. A Costa Esmeralda nega envolvimento com a queimada. 

Sabrina Parlatore mostra cabelo ondulado um ano após encerramento de químioterapia



Sabrina Parlatore compartilhou com seus seguidores duas fotos mostrando como está o seu cabelo atualmente, cerca de um ano depois do fim da quimioterapia. “Cabelo com um ano de crescimento pós-quimioterapia. Finalmente dá para usá-lo solto. E não é que nasceu enrolado? Ele que era liso, liso… Amei!”, escreveu na legenda das imagens mostrando as madeixas, publicadas em seu perfil no Instagram. A apresentadora foi diagnosticada com câncer de mama em 2015 e passou por 16 sessões de quimioterapia, sendo a última em janeiro de 2016. Em seguida, ela foi submetida a radioterapia. A apresentadora frequentemente publica em suas redes sociais dicas de prevenção e mensagens de apoio.

Suíça investiga se o peemedebista Edison Lobão usou o sistema financeiro do país para receber proprina



O Ministério Público da Suíça investiga se contas em bancos do país ligadas ao senador Edison Lobão (PMDB-MA) foram usadas para receber propina. Os recursos foram bloqueados preventivamente enquanto o processo transcorre. Lobão é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal relacionados à Operação Lava Jato depois que foi citado em delações premiadas como um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras ao lado de outros nomes do PMDB. Em outro inquérito, é investigado por irregularidades nas obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte. Na época, ele ocupava o cargo de ministro de Minas e Energia, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Foi o próprio banco suíço que, após o nome de Lobão aparecer entre os citados na Lava Jato, optou por comunicar as autoridades do país europeu. As contas, no entanto, não estão em nome do senador, mas de pessoas e empresas ligadas a ele, segundo informou um procurador que acompanha o caso. O que chamou a atenção dos investigadores é que parte das transferências ocorreu sem qualquer tipo de justificativa, o que acendeu sinais de alerta entre os serviços de monitoramento. Controladores das contas procuraram a Justiça da Suíça para tentar impedir o compartilhamento de informações sobre a movimentação bancária com autoridades brasileiras, impedindo que os dados possam ser usados em processos no Brasil. Por duas vezes, no entanto, os tribunais suíços rejeitaram os recursos apresentados. Numa das decisões, os advogados alegaram que não existem provas de que o dinheiro tenha origem suspeita e que a medida é desproporcional. Os juízes, porém, rejeitaram o argumento. Mesmo após a recusa, os documentos e extratos não foram repassados ao Brasil porque o processo ainda está em andamento na Suíça. O Ministério Público da Suíça optou por manter bloqueadas as contas até que seja esclarecida a origem. Esgotados todos os procedimentos legais, a esperança de procuradores brasileiros é de que o caso seja enviado ao Brasil, a exemplo do que já ocorreu no processo do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para que haja uma repatriação do dinheiro, porém, os envolvidos precisam ser condenados em última instância ou fechar um acordo de delação premiada em que estejam de acordo em devolver os recursos. (OE)

Campanha global declara guerra a plásticos nos oceanos

Mumbai, India, cidade tremendamente suja
A ONU Meio Ambiente (UN Environment) lançou nesta quinta-feira (23) uma iniciativa global para eliminar uma grande fonte de lixo marinho até 2022: as embalagens de plástico e os plásticos em geral. A campanha #CleanSeas (#MaresLimpos), foi lançada durante a Cúpula Mundial dos Oceanos, que está sendo realizada em Bali, na Indonésia, e apela aos governos do mundo que aprovem políticas de redução do material plástico. A ação também é voltada à indústria, para que minimize embalagens plásticas e redesenhe produtos no sentido de diminuir o uso do material. A campanha pede ainda a consumidores que mudem seus hábitos de produção de lixo antes que eles causem "danos irreversíveis" aos mares. Segundo a ONU Meio Ambiente, a cada ano, mais de 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos, causando grande prejuízo a animais marinhos, à pesca e ao turismo e provocando pelo menos US$ 8 bilhões em danos aos ecossistemas marinhos. A agência das Nações Unidas alerta que até 80% de todo o lixo nos oceanos é feito de plástico. De acordo com algumas estimativas, no ritmo em que itens como garrafas, sacolas e copos de plástico estão sendo jogados fora após terem sido usados apenas uma vez, até 2050, os oceanos terão mais plástico do que peixes. A UN Environment calcula que neste prazo, 99% das aves marinhas terão ingerido plástico. Ainda este ano, a campanha #MaresLimpos anunciará "medidas ambiciosas" por parte de países e empresas para eliminar microplásticos de produtos de cuidado pessoal, banir ou colocar impostos sobre sacolas descartáveis e reduzir "dramaticamente" outros produtos de plástico de uso único. Dez países já se uniram à campanha para reverter o uso do produto, incluindo o Uruguai que irá taxar sacolas plásticas descartáveis este ano. O músico Jack Johnson e o ator Adrian Grenier apoiam a campanha. Segundo a ONU Meio Ambiente, "grandes anúncios"sobre o assunto são esperados para a próxima Assembléia Ambiental da ONU, a ser realizada em dezembro no Quênia, África, e na Conferência dos Oceanos, que terá lugar em junho próximo, em Nova Iorque. Um encontro preparatório para a Conferência dos Oceanos foi realizado nos dias 15 e 16 de fevereiro, na sede das Nações Unidas. Na ocasião, o embaixador de Portugal junto à organização, Álvaro Mendonça e Moura, um dos organizadores do evento, fez um alerta sobre a situação da poluição com plásticos nos mares e oceanos. 

TSE autoriza depoimento de mais dois delatores em processo da chapa Dilma-Temer

Herman Benjamim, ministro do Tribunal Superior Eleitoral, autorizou nesta quinta-feira (23) o depoimento de mais dois delatores ligados à empreiteira Odebrecht na ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer. A pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também serão ouvidos os delatores Benedicto da Silva Júnior e Fernando Reis. Nesta semana, o ministro havia marcado o depoimento do empresário propineiro Marcelo Odebrecht e de Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos, dois ex-executivos da empreiteira que também assinaram acordo de delação. Odebrecht está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde junho de 2015, em função das investigações da Lava Jato. O depoimento de Marcelo Odebrecht será no dia 1º de março, às 14h30, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Benedicto e Fernando Reis prestarão depoimento no dia seguinte, no Rio de Janeiro. A oitiva de Cláudio Melo e Alexandrino será em Brasília, no dia 6 de março. As oitivas foram autorizadas pelo relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chefe da força-tarefa de procuradores da operação. De acordo com Fachin, os depoimentos de delatores que figuram nos processos criminais da Lava Jato no TSE não violam os termos de sigilo do acordo. Para Janot, estão entre as obrigações dos delatores prestar informações em processos que tramitam em outras áreas da Justiça, como a eleitoral. Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto. A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. No início do mês, a defesa do presidente Michel Temer sustentou no TSE que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.