domingo, 26 de fevereiro de 2017

Lobistas-operadores do PMDB, presos em Miami, já chegaram ao Brasil e agora estão presos em Brasília


Os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, operadores do PMDB , presos em Miami, nos Estados Unidos, chegaram na manhã deste sábado a Brasília e serão transferidos para Curitiba na quinta-feira, após o carnaval. Os dois foram presos pela Interpol (polícia internacional) na última sexta-feira. De acordo com a superintendência da Polícia Federal, o transporte dos dois foi adiado para quinta-feira devido ao alto preço das passagens aéreas durante o carnaval. Logo após chegarem a Brasília, os dois passaram por exames no Instituto Médico Legal e foram levados à sede da Polícia Federal na capital federal, onde ficarão até quinta-feira. Bruno Luz, ao ser abordado pela polícia de imigração dos Estados Unidos, afirmou que ele e o pai já estavam com as passagens compradas para o Brasil e que não tinham intenção de permanecer foragidos. Os dois tiveram a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro, na 38ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Blackout, em alusão ao sobrenome dos envolvidos. Eles são acusados de intermediar propinas entre empresas que pretendiam fazer contratos com a Petrobras e políticos do PMDB. Ao todo, eles teriam repassado cerca de US$ 40 milhões aos peemedebistas, principalmente senadores. Nas operações, teriam sido utilizadas contas bancárias na Suíça e nas Bahamas. A partir dos anos 1990, Jorge Luz passou a ser um dos principais lobistas em atuação na Petrobras e, de acordo com investigadores da Lava Jato, ele sempre foi muito ligado ao ex-presidente da Câmara, Ele e seu filho são suspeitos de desviar propinas para agentes públicos principalmente em contratos da diretoria Internacional da Petrobras, como a compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000 e na venda, pela estatal, da Transener para a Eletroengenharia. Eles também atuaram em outras diretorias da empresa, como as de Abastecimento e Serviços. Pai e filho também são suspeitos de pagar propinas para o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, por contratos da Petrobras com a Sete Brasil para a exploração do pré-sal. Para operarem os pagamentos ilícitos, os dois utilizavam contas de empresas offshore no Exterior, uma vez que foram detectadas pela força-tarefa da Lava Jato movimentações do tipo na Suíça e nas Bahamas. O PMDB nega que Jorge e Bruno Luz ou qualquer outro operador citado na Lava Jato tenha relação com o partido e nega acusações de recebimento de propinas da Petrobras. O senador Renan Calheiros, líder do partido no Congresso e apontado na investigação como beneficiário das atividades dos lobistas, disse que não vê Luz há 25 anos. “O senador reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais”, diz a nota do peemedebista.

2 comentários:

gerson disse...

As minhas minhocas varejeiras só não estão entendendo, e por isso pediram que eu te perguntasse, Victor, por que é que o PT nessa jogada - logo o PT que morde até gorjeta de camareira -, deixou o PMDB tão livre, leve e solto nessas adoráveis transações, sem dar uma piscadinha sequer. Tratar-se ia de uma armação? E de quem teria partido a brilhante engenhoca?????? Minhoca, me morde, sua vagabunda!

gerson disse...

Em tempo:
Gerson de Ramos Sebaje