Depois de Eliseu Padilha e Michel Temer, lógico, ninguém sai mais prejudicado pela entrevista de José Yunes à Veja do que Lúcio Bolonha Funaro. Não por causa da traficância, pois dinheiro vivo no escritório do amigo do presidente é só mais uma em sua extensa ficha. O doleiro e parceiro de Eduardo Cunha já havia confidenciado a amigos que, se resolvesse contar o que sabia, teria como principal trunfo a possibilidade de explodir Padilha. Yunes se antecipou. O episódio em que Yunes diz ter sido mula do (ainda) ministro seria uma das estrelas principais da delação de Funaro, que está em lenta negociação para fechá-la. Mas talvez nem tudo esteja perdido. Os procuradores adorariam que Funaro pudesse revelar com quem Padilha partilhou o conteúdo do pacote deixado no endereço de Yunes.
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