sábado, 25 de fevereiro de 2017

Contas de luz voltarão a aumentar em março


As contas de luz vão voltar a ter cobrança adicional em março. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira que as faturas de energia terão a bandeira amarela no próximo mês. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel. O nível amarelo indica uma cobrança extra de 2 reais a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Segundo a agência reguladora, a previsão de chuvas para o mês de março ficou abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais termelétricas para abastecer o País. Com essa medida, será possível poupar água dos reservatórios das hidrelétricas. A última vez em que a bandeira amarela vigorou foi em novembro. De dezembro a fevereiro, vigorou a bandeira verde, sem adicional na conta de luz. De acordo com a Aneel, no próximo mês, será preciso ligar usinas termelétricas com custo acima de 211,28 reais por megawatt-hora (MWh). Quando o custo da última térmica acionada supera esse valor e fica abaixo de 422,56 reaus por MWh, é aplicada a bandeira amarela. O relatório mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que o custo da última usina térmica acionada no mês que vem será de 279,04 reais por MWh. Quando o custo das termelétricas ligadas supera 422,56 reais por MWh, a Aneel utiliza o primeiro patamar da bandeira vermelha, que adiciona entre 3 reais a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for superior a 610,00 reais por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da bandeira vermelha, cujo acréscimo é de 3,50 reais a cada 100 kWh. Neste ano, a Aneel decidiu que o custo da energia no mercado de curto prazo (PLD) não será mais o único critério para acionamento de bandeiras. O teto do PLD é 422,56 reais, e corresponde ao primeiro patamar da bandeira vermelha. A metade deste valor, 211,28 reais, corresponde ao limite da bandeira verde. Agora, de acordo com a Aneel, em um cenário hídrico desfavorável, o acionamento das bandeiras poderá ocorrer antecipadamente, mesmo que o custo das térmicas não chegue nos níveis de preço pré-determinados. O objetivo é reduzir o risco das distribuidoras de arcar com custo de geração mais elevados e poupar o caixa das concessionárias.

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