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Dados preliminares divulgados nesta terça-feira, dia 21, pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) apontam a possibilidade de quebra de 21% na safra gaúcha de soja, em razão de escassez e irregularidades das chuvas no Estado. O percentual é resultado de estudo realizado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL). A estiagem que assola parte do território gaúcho ultrapassa trinta dias. De acordo com o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, a pesquisa da RTC/CCGL revisou a produtividade prevista, que passou de 61 sacos por hectare para 47,8 sacos. Na avaliação de Pires, os números são preocupantes e sujeitos a variações significativas.
"É cedo para definir isso. A variação de produção é muito grande de cooperativa para cooperativa, de região para região ou dentro de uma mesma região", destaca Pires, acrescentando ainda que as quedas de produtividade, mesmo dentro de uma região ou uma cooperativa, podem variar de 5% a 50%. Conforme o monitoramento semanal das condições das lavouras, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as áreas gaúchas que apresentam perdas de produtividade irreversíveis são o Alto Uruguai, a Fronteira Oeste e Missões. Tratam-se das regiões mais afetadas e que foram semeadas em outubro. De acordo com a Conab, ainda que ocorra o retorno das chuvas, os produtores gaúchos enfrentam prejuízos irreversíveis. Segundo o presidente da FecoAgro/RS, a expectativa é de que até o final do mês ocorram chuvas mais abrangentes e maiores no Estado.
“Toda a soja está implantada, há uma boa expectativa de clima, mas essa falta de precipitações está trazendo muito prejuízo. Mais uma frustração seria muito ruim para o produtor e para a economia do Estado”, afirma o presidente da FecoAgro/RS.
O dirigente da FecoAgro/RS também destacou a colheita do milho que está em andamento nas regiões mais quentes do Estado, como nas Missões. “Já temos cerca de 70% da área colhida em municípios como Santa Rosa, São Borja, Missões, Santiago, entre outros. O grande desafio é a falta de chuva. Desde dezembro praticamente não chove. Em janeiro quase não houve precipitações e, quando ocorre, são chuvas muito pontuais. Chove em um lugar e, dali a dez quilômetros, não cai uma gota”, observa.
Ao abordar a colheita do milho, o relatório da Conab destaca que o tempo seco no Rio Grande do Sul favoreceu a evolução da colheita. Entretanto, a falta de chuvas tem causado estresse nas plantas e perda de produtividade nas áreas de florescimento e enchimento de grãos. De acordo com o monitoramento, no país a colheita da safra soma 4,4%.
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