Um grupo formado por representantes de oito associações de bairros próximos ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, entrou com uma ação popular para tentar adiar a concessão do terminal, cujo leilão está previsto para 18 de agosto. A ação foi protocolada na 12ª Vara Cível Federal de São Paulo. Na quinta-feira 28, a Justiça deu 72 horas para manifestação do governo federal e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os vizinhos do aeroporto pedem que seja incluído no contrato que a futura concessionária tenha responsabilidades por impactos ambientais e de trânsito provocados pelo aumento na movimentação de pousos e decolagens em Congonhas.
A Infraero, estatal que atualmente administra o aeroporto, afirmou ter iniciado estudo para um provável aumento de capacidade de slots (pousos e decolagens) de Congonhas. A entidade informou que o tema está sendo tratado com a Anac e que a mudança será baseada nas capacidades instaladas após vários investimentos feitos no local. Atualmente, Congonhas tem cerca de 32 movimentações por hora. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, que na próxima semana também planeja ir à Justiça para tentar adiar o leilão, o crescimento deverá chegar a 50%.
O movimento do aeroporto já se encontra próximo ao de antes da pandemia de covid-19. Segundo a Infraero, no mês passado foram quase 16 mil pousos e decolagens, contra 16,7 mil no mesmo mês de 2019. O Ministério de Infraestrutura, que com a Anac é responsável pela organização do leilão, informou que todos os estudos necessários para viabilizar a concessão do aeroporto foram feitos.
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