segunda-feira, 9 de maio de 2022

Morreu Jaime Schneider, comandante do grupo do PT que contratou pistoleiro para matar inimigos políticos em Estância Velha

Morreu neste domingo, em São Leopoldo, o jornalista esquerdista Jaime Dirceu Antonio Schneider. Ele foi dono do jornal Suplemento, de Estância Velha, cidade onde participou de um bando formado pelo PT para contratar pistoleiro para assassinar inimigos políticos locais. 

O pistoleiro contratado foi Aleksandro Ribeiro. Ele tocaiou e disparou sete tiros de uma pistola Glock contra o também jornalista local Mauri Martinelli, na noite de 28 de agosto de 2006. Mauri sobreviveu por intervenção divina. O outro que deveria ser morto era o então vereador emedebista João Valdir de Godoy, o Duduzinho. O pistoleiro esteve três vezes de tocaia na frente da casa dele. 

O bando que se formou para contratar o pistoleiro era formado por Jaime Schneider, então secretário municipal de Planejamento, na administração do prefeito petista Elivir Desiam, o Toco; pelo vereador Luis Carlos Soares, então presidente do PT em Estância Velha; por Jauri de Matos Fernandes, então funcionário de Jaime Schneider em seu jornal, e pela cafetina Claci Campos da Silva. 

A reunião para contratação do pistoleiro Aleksandro foi realizada na casa de Vera Lucia Vanzan, onde a cafetina Clacy Campos da Silva alugava um quarto,  e foi testemunhada pela filha da dona da casa. Nesta reunião foi entregue ao bandido a pistola Glock, utilizada no atentado a Mauri Martinelli, que Claci guardava no guardaroupa em seu quarto. 

Jauri de Matos Fernandes providenciou o aluguel da casa onde se hospedou o pistoleiro Aleksandro, e serviu de fiador para assinatura do contrato. 

A faxineira Vera Lucia Vanzan, amiga do vereador Duduzinho, assim que soube do que ocorrera em sua casa, por meio de sua filha, contou ao parlamentar o fato. E foi somente dessa maneira que a Polícia local chegou ao pistoleiro. Na casa encontrou a arma utilizada por ele. 

O pistoleiro foi preso, indiciado, processado e condenado. Ficou faltando o processo do mando de assassinato, que dorme esplendidamente em gaveta do Foro local, porque não há interesse político em levar ao tribunal do juri um caso que envolve diretamente o PT na contratação de pistoleiro para matar adversários políticos. Esse é um caso único no País. 

O processo é o de nº 09520900001793 e tramita na 1ª Vara da Comarca de Estância Velha, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, colada a Novo Hamburgo. O juri já foi marcado e desmarcado quatro vezes. Uma das vezes foi desmarcado porque a advogada que defendia Jaime Schneider desistiu do caso. Então a sua defesa passou para a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, órgão que nunca até hoje designou defensor público para falar por ele no juri. Agora será desnecessário.  Mas o processo segue dormindo em berço esplêndido na gaveta do juiz. O processo de denúncia criminal por mando de morte contra o bando foi aberto no dia 6 de março de 2009. Já completou 13 anos desde sua instalação e o tribunal do juri ainda não se reuniu para julgá-lo. É algo absolutamente inacreditável, só sendo possível entender tal demora por ser um processo que envolve criminalmente o PT de forma cabal. Já o atentado a tiros contra o jornalista Mauri Martinelli já completou 16 anos. E ainda há quem diga que o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul é o melhor do Brasil. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelos esclarecimentos.

Anônimo disse...

Qual a causa da morte?