O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (13) que aqueles que vêm a Brasília em busca de subsídios do governo quebraram o Brasil. Em recado a empresários, o ministro disse que, antes de fazer qualquer pedido de ajuda à União, é preciso mostrar o que pode ser oferecido ao País. "Todo o mundo vem pedir subsídios, dinheiro para isso, dinheiro para aquilo. Eu falo: o que vocês podem fazer pelo Brasil? Quebraram o Brasil, quebraram o Brasil", afirmou. Desde a eleição de Jair Bolsonaro, a equipe econômica vem defendendo a redução dos desembolsos do governo para auxílios setoriais a empresas. "Vejo muita gente vindo de muitas partes do Brasil para pedir coisas para o Brasil. A pergunta é: o que eles podem dar para o Brasil?" A frase remete a John F. Kennedy, que disse, em 1961, quando presidente dos EUA: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, (mas) o que você pode fazer por seu país". A fala de Paulo Guedes foi feita em breve discurso durante evento de lançamento de uma ferramenta digital que publica dados sobre gastos do governo federal com viagens de servidores e autoridades. O chamado Painel de Viagens apresenta informações sobre passagens e diárias desembolsadas pelo governo federal entre 2017 e 2019. O sistema ainda será ampliado. Embora colecione declarações fortes contra benefícios fiscais, a equipe de Paulo Guedes ainda não conseguiu colocar o discurso em prática. Em janeiro, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que as desonerações previstas para o ano serão mantidas. A ideia é tornar incentivos mais efetivos, e não simplesmente cortá-los. Na área de comércio exterior, a equipe de Paulo Guedes, que defende abertura comercial e redução de tarifas, não venceu a disputa em torno do comércio de leite em pó.
Na semana passada, o governo decidiu acabar com a cobrança da chamada tarifa antidumping, uma sobretaxa para o leite em pó da Europa e da Nova Zelândia, que encarecia o leite de fora e beneficiava produtores brasileiros. A medida, defendida por membros da área econômica, foi alvo de críticas de produtores brasileiros e de alerta do Ministério da Agricultura. Diante da polêmica, o Planalto estuda retomar a taxação.
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