No início da década de 80, na chefia da sucursal da revista Veja em Porto Alegre, informei à redação em São Paulo que havia morrido uma sobrinha do barão do aço Jorge Gerdau Johannpeter, a qual havia improvisado uma corda com lençóis para descer pela sacada de um andar para outro no edifício onde morava. A corda improvisada se rompeu e a moça de estatelou no térreo do edifício. A matéria foi publicada.
Toda a imprensa do Rio Grande do Sul permaneceu calada, ocultando da sociedade gaúcha que a filha de uma estirpe muito conhecida no Estado tinha morrido em um surto de paranóia de perseguição, ocorrido no meio de uma festa de embalo que acontecia em seu apartamento. Sei os nomes de cada um dos participantes da festinha. Não pude publicá-los porque não tinha nada documentado. Sei que o big boss de um grande grupo empresarial do Rio Grande do Sul saiu carregado por seus seguranças, porque sequer conseguia se manter em pé. Conheço os seguranças.
Outra vez fui convidado para um churrasco no apartamento de cobertura de um conhecido jornalista gaúcho, em rua do bairro Higienópolis. Após a comilança de carne, o anfitrião subiu a escada interna do apartamento e colocou sobre a mesa de centro uma bandeja espelhada, na qual vinha depositado um quilo cocaína.
A festa tinha a presença de cerca de 30 jornalistas gaúchos, todos(as) muito conhecidos(as). Nunca vi tanta sofreguidão como a daquele povo atirando seus narizes às carreiras formadas com cartões de visita ou bancário. O dono da festa só contabilizava as carreiras consumidas por cada um para depois cobrar. Ficou muito incomodado com a minha recusa em me servir da droga. Tão incomodado que resolvi ir embora, porque a presença de tal "careta" constrangia os presentes à festa.
Outra vez, um muito conhecido jornalista, muito esquerdista, liderança trotskista histórica, além de grande delator da sua organização revolucionária comunista, alcoólatra e total drogado em cocaína, encheu as narinas em casa, entrou em surto, pegou uma faca e tentou matar a sua mulher. Ela gritou, pediu socorro, saiu do apartamento, e então chegou a polícia. A direção da empresa onde ele trabalhava tratou de o internar às pressas em ala destinada a drogados do Hospital Mãe de Deus. Não é preciso acrescentar que o casamento acabou ali.
Por conta desses casos, e de tantos outros, é que conheço há muito tempo o tipo e o tamanho da hipocrisia gaúcha. O Estado é reconhecido oficialmente como o de maior quantidade de drogados, dependentes de cocaína, do Brasil inteiro. É também reconhecido oficialmente como aquele que tem a maior quantidade de aidéticos em todo o País, tamanha é a depravação que impera na vida sexual dos gaúchos.
Noticiei neste domingo o suicídio de um jovem médico, cirurgião plástico, Thomas Ferrer Viera, formado pela PUC. Recolhi a informação cuidadosamente, com colegas do mesmo, e tratei de me cercar da maior quantidade de informações, detalhes do episódio. O rapaz vivia um surto de grande depressão. O pai, presente no apartamento, estava providenciando a sua internação, que não seria a primeira. O suicídio de um jovem médico, jogando-se pela janela de seu apartamento, em edifício da Praça da Encol, não seria, em princípio, objeto de notícia. Passou a sê-lo no momento em que o mesmo pertence a uma conhecida família de profissionais da área da saúde. Seu pai, cirurgião plástico Renato Viera, foi quem operou a "mulher sapiens", "rainha da mandioca", "estocadora de ventos", a petista Dilma Rousseff. A mãe é médica mastologista conhecida.
Mais do que isso, o jovem médico era habituée das altas rodas da vida social gaúcha. É óbvio que isto encerrava interesse jornalístico. Da mesma forma, no dia 28 de outubro, noticiei o suicídio do empresário Rogério Jonas Zylbersztajn, sócio do grupo Cyrella, atirando-se da janela de seu apartamento de frente para a praia do Leme, no Rio de Janeiro. Toda a imprensa nacional estava escondendo como tinha ocorrido a morte, e os motivos da mesma, embora a vítima fosse co-proprietária do maior grupo de construção civil do País.
Ninguém protestou porque Videversus deu essa notícia. Mas, agora, diante da notícia do suicídio do médico Thomas Ferrer Viera, alguns jornalistas provincianos de menor importância, do tipo que rasteja de maneira infamante diante do poder, de qualquer tipo, resolveu emitir críticas da pior espécie a respeito do editor de Videversus, jornalista Vitor Vieira. Para começo de conversa, nenhum deles ostenta sequer um décimo da minha carreira. Trabalhei em São Paulo nas redações de O Estado e Folha de S. Paulo. Depois na Veja. Chefiei assessorias de comunicação nas secretarias da Fazenda, da Justiça e Procuradoria Geral do Estado. Passei também pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Mantenho meu site/blog há 15 anos. E nunca atirei meu nariz no pó.
Mas, pior do que isso. Em toda minha carreira passei por alguns momentos perigosos, como aquele em que entreguei para a opinião pública gaúcha os nomes de todos os funcionários públicos (agentes penitenciários, monitores penitenciários, psicólogos, médicos, brigadianos) que estavam de plantão no fim de semana em que foi estuprado no Presídio Central de Porto Alegre o músico Diógenes, levado à morte por ponta dessas violências. Ele foi suicidado no Instituto Psiquiátrico Penal. Fui seguido ostensivamente durante mais de dois meses por indiciados que não se conformavam. Precisei colocar Bina em minha casa. Dava voltas no quarteirão antes de ingressar no meu edifício, para ter certeza que não estava sendo seguido.
E tudo passou. Desta vez, um desses "pit bulls de high society", resolveu me ameaçar da maneira mais ostensiva possível, publicando essa ameaça em comentário junto à matéria que publiquei em meu perfil no Facebook. (https://www.facebook.com/vitor.videversus?__tn__=%2CdC-R-R&eid=ARASF9NTxnckl3kw3z9oQ_9ed4MMP6MCHISoJFCcgxcDDFYW42csOwEZPkDpSdmPHUcISGH8GhwQF7uJ&hc_ref=ARR61i9zVK6OzHSc6ONdbV2LY1wjoFsnTZlmddHwwG16owHypCVNH_32BqayrgTx524&fref=nf) A audácia troglodita é fora de série e por isso já está tendo a devida atenção. Veja nas fotos acima a ameaça realizada. Ela apenas comprova, mais uma vez, a razão pela qual o Rio Grande do Sul é hoje um Estado falido, aquele com a pior condição no cenário brasileiro, a Grécia do Sul. Antes de tudo, uma completa falência moral, degradação total.
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