Pesquisadores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (que pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ao Ministério da Educação) realizaram uma pesquisa na capital gaúcha com resultados apavorantes. Com o objetivo de testar a eficácia dos "drogômetros" – aparelhos que atestam a presença de drogas no sangue nas últimas 24 horas, esses equipamentos foram utilizados para análises de exames em motoristas retirados do trânsito por agentes das operações da Balada Segura, na capital gaúcha. As avaliações apontaram que 20,1% dos exames tiveram resultados positivos para pelo menos uma substância psicoativa.
8,5% tiveram amostras positivas para cocaína;
8% para benzodiazepínicos, remédios para ansiedade ou para dormir;
5,6% para maconha e
3,1% para anfetaminas.
Ou seja, um quinto dos motoristas em Porto Alegre dirige veículos drogado. Quatro drogômetros importados foram utilizados nas análises. O teste tinha como objetivo mostrar qual equipamento mais se adaptaria a ser usado no Brasil. Três deles tiveram bom resultado, mas não a ponto de determinar com 100% de certeza a presença de todas as substâncias que normalmente são usadas pelos motoristas da capital gaúcha. A recomendação dos pesquisadores é que a tecnologia seja usada pra ajudar policiais treinados a detectar sinais de intoxicação. Agentes que saibam identificar adequadamente os efeitos das drogas podem empregar o aparelho para afastar do volante motoristas que realmente representam riscos. Os resultados serão enviados ao Congresso Nacional. O diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Trânsito e Álcool do Hospital de Clínicas, médico Flávio Pechansky, lembra dos perigos de dirigir sob efeito de narcóticos. "Como a gente não sabe o efeito individual de cada substância em cada motorista, é melhor que elas não estejam presentes. Todas essas substâncias que avaliamos podem causar risco ao trânsito", lembra. Porto Alegre é a cidade brasileira campeã de drogadição em todo o País, é o lugar onde tem o maior número de drogados no Brasil. Quem se droga e vai dirigir um carro é um suicida em potencial e também um potencial assassino.
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