O ex-senador Pedro Simon, que foi proscrito da política nacional e regional pelo eleitorado do Rio Grande do Sul, resolveu reaparecer no cenário público neste segundo turno das eleições presidenciais, e o fez da pior forma, mas sempre do modo disforme com que atuou. Ele anunciou o que chamou de "apoio crítico" ao candidato Jair Bolsonaro. "Apoio crítico" é uma vigarice intelectual, Ele só se sujeitou à ordem do MDB do Rio Grande do Sul porque o partido, na primeirissima hora após o primeiro turno, saiu na frente e declarou seu apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno, explorando com sucesso a vacilação do esquerdista tipo parisiense Eduardo Leite. O MDB de Pedro Simon precisa desesperadamente da vitória no segundo turno para sustentar a continuidade da existência do partido no Estado. Mas, para Simon, que cultiva a "aura" de progressista e namora com o petismo há muitas décadas, cultivando amizades como aquela com o peremptório Tarso Genro, Bolsonaro não tem expressão política nenhuma, porque nunca foi um condestável da República como ele mesmo, Simon. Ele disse que, entretanto, não fará campanha por Bolsonaro. Na verdade, é um grande bem que faz a Jair Bolsonaro, porque o seu engajamento efetivo na campanha poderia ser muito ruim para o candidato favorito para ganhar a eleição no segundo turno. Mais do que isso, Pedro Simon declarou que não votará em Bolsonaro: "Não me faça esta pergunta". Ora, nesse caso, votará no poste petista Fernando Haddad. E, se anular o voto, será um gigantesco hipócrita, desses que passa a vida inteira exaltando as virtudes da democracia e na hora de praticá-la, por meio da escolha entre candidatos, exime-se da responsabilidade. Pedro Simon enumerou uma lista de críticas às posições de Jair Bolsonaro, mas não emitiu uma só reprimenda com relação ao poste petista Fernando Haddad, denunciado na Justiça por atos de seu governo na prefeitura de São Paulo, e que desempenha uma péssima figura de lacaio e moleque de recados de um bandido corrupto, lavador de dinheiro, chefe da organização criminosa petista e presidiário em Curitiba, Lula.
Pedro Simon manda às favas as tradições do Rio Grande do Sul, onde oposição é oposição, governo é governo, e todo mundo toma posição, ou é vermelho, ou é verde e amarelo, ou é gremista ou colorado. Políticos destacados da história do Rio Grande do Sul, como Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Paulo Brossard, Leonel Brizola, sempre atuavam às claras e respeitavam seus acordos políticos. Brizola fez acordo com o PRP integralista para chegar ao governo do Rio Grande do Sul, e manteve o acordo, levando este partido para sua administração. Também fez acordo com a Arena, entregando a candidatura de senador a Nelson Marchezan. Os políticos gaúchos mantêm a tradição da clareza, não há meia gravidez com eles, como agora Pedro Simon quer inaugurar. Pedro Simon resiste a se entregar ao esquecimento a que foi votado pelo povo gaúcho.
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