O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, reiterou seu compromisso com a eliminação do déficit fiscal em dois anos caso seja eleito no pleito deste ano. Segundo o tucano, que palestrou na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) em São Paulo na manhã desta terça-feira, 24, a medida é necessária para ter uma política monetária mais amigável, com juros mais baixo e câmbio flutuante e competitivo. "Nós sabemos fazer", emendou, trazendo o exemplo de São Paulo, Estado que governou até abril. "No ano passado, São Paulo sozinho fez R$ 5,3 bilhões de superávit. Os demais Estados e municípios fizeram, juntos, R$ 2,7 bilhões". Alckmin reiterou seu compromisso em fazer as quatro reformas - política, tributária, da Previdência e do Estado - no primeiro ano de mandato e disse que elas podem ser encaminhadas ao mesmo tempo. "No primeiro ano, o governante tem a força de 55 milhões de votos, a força é muito grande. Esse é o lado bom do presidencialismo", explicou. "Para que tudo isso? Com um objetivo. Todas as reformas são para atrair investimento. Não vai haver crescimento sem investimento", disse.
O tucano também se disse contente com o apoio recebido pelos partidos do Centrão, ironizou as críticas recebidas após o anúncio da aliança e classificou como "ótima" a aliança. "É como aquele rapaz mal educado que paquerou a moça, quis namorá-la, mas levou fora e agora sai fora falando mal dela". Alckmin voltou a defender a reforma trabalhista aprovada pelo governo do presidente Michel Temer, e disse não concordar com a volta do imposto sindical. "O Brasil tem um recorde de sindicatos de trabalhadores e patronais. Alguns nunca realizaram uma assembleia", criticou. "Com a reforma, vamos manter aqueles que tenham liderança e cumpram o papel de defesa do trabalhador."
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