O relatório da Polícia Federal sobre as mensagens de Bill e Steve – ou o açougueiro bucaneiro Joesley Batista e o petista e Guido Mantega – tratam de negócios da muito corrupta JBS e da propina paga ao ministro da Fazenda, como delatou o próprio Joesley Batista. “Entre 1º de março de 2011 e a madrugada do dia 2 do mesmo mês, Bill trava uma conversa com Steve sobre a negociação que estava em curso envolvendo a compra do banco gaúcho Matone. Em 14 de março daquele ano, a holding J&F, que controla a JBS, anunciou a compra do banco Matone, que atuava na área de crédito consignado com sede no Rio Grande do Sul e que era controlado até então por Alberto Matone. Conforme divulgado na época, as negociações para a aquisição do banco foram conduzidas por Joesley. Naquele período o governador do Rio Grande do Sul era Tarso Genro. Na conversa, doze dias antes da operação ser anunciada, Bill pede uma conversa a Steve.
"Estarei em BSB terça à noite, e quarta o dia todo. Tem como falar com você? Matone vai dar certo essa semana!’, afirma Bill. ‘Quarta no final da manhã’, responde Steve. ‘No ministério? Estarei amanhã meio-dia no BC falando sobre o Matone. E preciso falar com Tarso Genro pois o Matone eh do Rio Grande do Sul. Será que você me ajuda a marcar na quinta-feira?’, retruca Bill. ‘Você quer falar com o TG? Precisa de permissão do Estado? Posso falar com ele amanhã’, responde Steve. ‘Não, é que o Banrisul é importante financiador do Matone. Então, gostaria do comprometimento dele. Amanha vou te ver?’, pergunta Bill.
Steve não responde sobre a reunião, mas se manifesta quando Bill fala em números: ‘E amanhã, 50, ou 80??!!!’, escreve Bill. ‘Sim. Primeira op’, responde Steve. Essa conversa sobre números chamou atenção da Polícia Federal porque Joesley afirmou, em sua delação, que pagava R$ 50 mil em propina ao então ministro em troca facilidades no Ministério da Fazenda".
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