sábado, 14 de julho de 2018

Juíza marca interrogatório de Paulo Vieira na Lava Jato


A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, marcou para 9 de agosto o interrogatório do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, emblemático personagem de governos do PSDB ligado a políticos do partido. O executivo é acusado por desvios de R$ 7,7 milhões da estatal paulista em desapropriações do trecho Sul do Rodoanel. A investigação é da força-tarefa da Operação Lava Jato, em São Paulo. Na mesma decisão, de 29 de junho, Maria Isabel marcou para 26 de julho, às 10h, a ‘oitiva da testemunha ministro Aloysio Nunes, oportunidade em que serão, outrossim, ouvidas outras eventuais testemunhas residuais’. O tucano é chefe do Ministério de Relações Exteriores. A juíza ainda homologou a desistência de duas testemunhas do ex-chefe de Assentamento da Dersa, José Geraldo Casas Vilela. Uma delas é o engenheiro Edison Mineiro dos Santos, fiscal da Dersa. Edison foi alvo de mandado de prisão temporária ordenado por Maria Isabel na Operação Pedra no Caminho. A ação, deflagrada em 21 de junho, mira desvios que podem chegar a R$ 600 milhões em recursos públicos em obras do Rodoanel Norte. O fiscal foi solto em 29 de junho. A denúncia criminal contra Paulo Vieira atinge outros quatro investigados, todos acusados de desvios em proveito próprio e de terceiros, entre 2009 e 2011. O montante global foi de R$ 7,7 milhões (valores da época) em recursos e imóveis destinados ao reassentamento de pessoas desalojadas por grandes obras da Dersa na região metropolitana de São Paulo – o trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê. A acusação aponta que o ex-diretor comandava o esquema. Os investigados são suspeitos de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

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