O muito imprevidente governo de Michel Temer, do PMDB, usou nesta quarta-feira a "diplomacia" do "Fodão", seu ministro Eliseu Padilha (alcunha constante na planilha da propineira Odebrecht) para emparedar o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e obrigá-lo a tomar a iniciativa de rebaixar em 10% o preço do óleo diesel. É uma tentativa desesperada para conter a paralisação dos caminhoneiros, que já produziu um completa desabastecimento no país inteiro, que se agudizará ainda muito mais nestas quinta e sexta-feiras. A redução no preço do óleo diese, conforme a Petrobras, valerá por 15 dias. Ora, isto absolutamente não satisfaz os caminhoneiros e donos de frotas e distribuidoras de combustíveis. Conforme a Petrobras, depois dos 15 dias, haverá recomposição parcelada do preço praticado nesta quarta-feira. Ou seja, tudo foi feito na base do desespero, para dar algum tipo de aceno aos caminhoneiros. Só que agora o Brasil inteiro está completamente contra este governo imprevidente, incompetente e sem qualquer rumo. O governo Temer não conseguiu articular outras propostas para reduzir os preços dos combustíveis, mas admitiu suprimir a cobrança da Cide (1% do valor de cada litro na boca do cano na refinaria, segundo Padilha, centavos ridículos que não fazem qualquer refresco na situação crítica do momento) e do PIS/Cofins (10% do valor de cada litro, segundo o mesmo Padilha), mas as duas medidas dependem do Congresso. E o Congresso, em ano de eleição, vagabundo a mais não poder, não está disposto a aprovar nada.
Leia a íntegra de nota da Petrobras distribuída pela Petrobras: "Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que sua diretoria executiva, em reunião realizada na tarde de hoje, decidiu reduzir em 10%, equivalente a R$ 0,2335 por litro, o valor médio do diesel comercializado em suas refinarias. Com isso, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias e terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro a partir de amanhã. Este preço será mantido inalterado por período de 15 dias. Após este prazo, a companhia retomará gradualmente sua política de preços aprovada e divulgada em Fato Relevante de 30 de junho de 2017. Esta decisão será aplicada apenas ao diesel e tem como objetivo permitir que o governo e representantes dos caminhoneiros tenham tempo para negociar um acordo definitivo para o contexto atual de greve e, ao mesmo tempo, evitar impactos negativos para a população e para as operações da empresa. A medida é de caráter excepcional e não representa mudança na política de preços da Petrobras. Com esta decisão, a companhia acredita que seja possível ao governo e aos representantes dos caminhoneiros encontrar uma solução que tenha impacto definitivo nos preços do diesel comercializados no Brasil. Na visão da Petrobras, esta negociação passa necessariamente pela discussão de reduções da carga tributária federal e estadual incidente sobre este produto, uma vez que representam a maior parcela na formação dos preços do combustível".
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