O Governo do Distrito Federal e empresas de coleta de lixo foram condenados pela Justiça do Trabalho da 10ª Região a pagar mais de R$ 19 milhões por danos morais coletivos pelo trabalho de crianças e adolescentes no Lixão da Estrutural, que já teve suas atividades encerradas. O dinheiro será revertido para entidades não-governamentais sem fins lucrativos que cuidam da infância e juventude. Dos mais de R$ 19 milhões de multa, o Governo do Distrito Federal deverá pagar R$ 10 milhões de reais, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) pagará R$ 5 milhões, a empresa de coleta de lixo Valor Ambiental pagará R$ 3,5 milhões e a Quebec Construções, R$ 1 milhão. A condenação partiu da análise de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério do Trabalho do Distrito Federal. O tribunal também pedia melhoria na estrutura física do lixão e o controle de acesso ao local para evitar a entrada de menores de idade.
De acordo com a juíza Naiana Carapeba Nery de Oliveira, documentos apresentados pelo Ministério Público do Trabalho, após vistorias feitas no Lixão da Estrutural, comprovaram que os menores e suas famílias foram submetidos a adoecimento físico, moral, morte e degradação. A magistrada ainda acrescentou que o Governo do Distrito Federal e o Serviço de Limpeza Urbana não comprovaram a falta de recursos públicos para resolver o problema. O Lixão da Estrutural funcionou por 58 anos e foi desativado em janeiro de 2018.
O quadro societário da Valor Ambiental é o seguinte: Marco Aurelio Branco Goncalves, Eduardo Queiroz Alves, Anturio Administração e Participações Ltda, Ambiental Infraestrutura, Edificações e Serviços Ltda, Salberg S/A, Dieter Tomoo Kopp Ikeda.
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