segunda-feira, 12 de março de 2018

Correios em greve por uma absurda pretensão dos carteiros que não querem pagar pelo seu plano de saúde


Centenas de trabalhadores dos Correios realizaram hoje (12) um ato em frente ao edifício-sede da estatal no Rio de Janeiro, localizado na Cidade Nova. Eles estão em greve desde às 22 horas de ontem (11). A mobilização é nacional e o principal objetivo é evitar mudanças no plano de saúde dos funcionários. Hoje (12), o Tribunal Superior do Trabalho julga a questão, uma vez que não houve acordo entre os empregados e a direção da empresa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), Ronaldo Martins, avalia que a paralisação alcança 80% de adesão no Estado. Por sua vez, a direção dos Correios informou nesta tarde que 87,15% do efetivo total em todo o País continua trabalhando. Os Correios são uma estatal que só dá prejuízos, onde impera a mordomia, e controlada por petistas, como Maria do Rosário, no Rio Grande do Sul. É absolutamente incompreensível que essa estatal ainda não tenha sido privatizada, nada justifica que o Estado tenha que ser responsável pelo trabalho de entrega de boletos ou mercadorias enviadas por empresas privadas. 

"Trata-se de um aumento abusivo. A mensalidade do nosso plano é acordo com a referência salarial. Vem sendo assim durante 30 anos. Mas o presidente da empresa quer impôr à categoria um valor por cada dependente. E o salário base de um trabalhador novo dos Correios hoje é R$ 1,6 mil. Se ele tiver três ou quatro filhos, vai ter que pagar no mínimo R$ 600,00 com plano de saúde, o que consumirá uma fatia desproporcional do seu salário", afirmou Ronaldo Martins. Isso é uma farsa, evidentemente, porque ninguém ganha salário base nos Correios. 

Segundo ele, a continuidade da greve será discutida em assembleia amanhã (13) e a decisão do TST será relevante para os caminhos da mobilização. O sindicalista destaca ainda que a paralisação reivindica contratação de pessoal e melhorias nas condições de trabalho. Dados do Sintect-RJ apontam que, só no Rio de Janeiro, há um déficit de 3 mil funcionários e não há concursos desde 2011. Não tem que fazer concurso algum, tem que privatizar essa porcaria, e aí se verá como os serviços funcionarão como devem funcionar.  

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