Joesley Batista também contou à PGR, em depoimento complementar obtido por O Antagonista, que Luciano Coutinho e Guido Mantega também lhe abriram as portas dos fundos de pensão. Joesley queria R$ 1 bilhão do BNDES para comprar os frigoríficos National Beef, Smithfield Beef e Tasman.
Ao conversar com Coutinho sobre o plano, o então presidente do BNDES lhe disse que a quantia era elevada, mas poderia coordenar conversas junto a alguns fundos de pensão estatais.
Coutinho colocou diretores do próprio banco para fazer a ponte com Petros, Funcef, Previ e Valia. O BNDES entraria com 50% e os fundos com os outros 50%. Os diretores do BNDES até viajaram com Joesley. O dinheiro do BNDES e dos fundos foi liberado mesmo sem a aprovação do negócio pelo DOJ americano. Joesley pagou 4% de propina a Victor Sandri, o operador de Mantega, a partir da conta Valdarco para as offshores Lirium e Orquidea.
Como o DOJ acabou vetando, o BNDES deveria ter exercido cláusula de PUT option para que Joesley devolvesse o dinheiro investido. Mas não foi necessário, como contou o empresário à PGR. “Eu liguei diretamente para ao superintendente da área de mercados de capitais do BNDES, Caio Melo.” O empresário alegou que o dinheiro teria de ser pago pela holding J&F que não estava operacional e, portanto, não tinha como pagar. (O Antagonista)
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