Guilherme Boulos, o coxinha vermelho, comanda protesto contra novo governo; esquerdistas tentam, sem sucesso, inflamar as ruas
Por Reinaldo Azevedo - Guilherme Boulos, o Coxinha Vermelho, liderou neste domingo mais um protesto contra o governo Temer. A concentração se deu no Largo da Batata, em São Paulo, e reuniu, no auge, segundo a Polícia Militar, 5 mil pessoas. O grupo decidiu marchar para a casa do presidente em São Paulo, a três quilômetros do Largo. A Polícia Militar já havia feito, àquela altura, três bloqueios para impedir a chegada dos militantes de esquerda. Os inconformados com o regime democrático decidiram, então, montar acampamento numa praça próxima da área. A Polícia Militar não permitiu e dispersou os desocupados com jatos d’água, bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, instrumentos que a democracia faculta às forças de segurança quando fascistoides desafiam as regras da civilidade. Quem comada essa farra? Ora, a própria Dilma, que está aboletada no Palácio da Alvorada, recebendo salário e gozando de mordomias pagas pelo Estado brasileiro. A manifestação foi comandada pela tal Frente Povo Sem Medo, de que Boulos, chefão do MTST, é um dos coordenadores. E brandia o corajoso: “A rua do Sr. Michel Temer está sitiada pelo povo brasileiro. Daqui a gente não arreda pé”. Bem, arredaram. O radicaloide foi adiante: “No momento, temos um duplo golpe, com um presidente que não foi eleito por ninguém querendo aplicar um programa que também não foi escolhido por ninguém". Michel Temer, como sabe o regime democrático, foi eleito junto com Dilma Rousseff e é seu substituto legal, segundo a Constituição da República Federativa do Brasil. Cabe a pergunta óbvia: quem elegeu o sr. Boulos para falar em nome do povo? A resposta também óbvia é esta: ninguém. Os extremistas tentam incendiar as ruas, mas, como se nota, falam apenas para seus militantes. O próprio Boulos já foi mais bem sucedido na convocação de protestos. As esquerdas se esquecem de que a senhora Dilma Rousseff liderou um dos governos mais impopulares da história do Brasil. Também os pobres não querem conversa com Dilma. Sobram, então, os desocupados dos movimentos de esquerda. Boulos tentou justificar o protesto: “Esse ato é resposta aos cortes não só anunciados, mas feitos, em moradias contratadas do Minha Casa Minha Vida. Acabar com política social que representa a esperança das pessoas de terem moradia é jogar gasolina no fogo”. Ele sabe que ninguém está querendo acabar com nada. A fala é coisa de farsante. No Orçamento de 2016, a gestão Dilma cortou 74% dos recursos do Minha Casa Minha Vida na comparação com o do ano anterior. E Boulos não tentou jogar “gasolina na fogueira”. Este senhor tem de ser contido. Pela lei e pela democracia.
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