A indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos fechou 2015 com uma retração, a primeira em 23 anos, segundo dados da Abihpec, que reúne o setor. No ano passado, o faturamento teve queda real de 8%. A receita das vendas de fábrica, que não computa impostos, foi de R$ 42,6 bilhões. O comércio ao consumidor fechou em R$ 100 bilhões. Além da redução na demanda e da alta do dólar, que impactou o custo das matérias-primas, a indústria sofreu com o aumento de impostos, diz o presidente da entidade, João Carlos Basilio. "Os preços subiram, em média, 11% acima da inflação em 2015. Neste ano, devem crescer ainda mais nos Estados que elevaram o ICMS dos produtos, que são considerados supérfluos". A crise hídrica, que afetou grandes centros consumidores do País, e o aumento na conta de luz também são apontados como motivos para a retração. "As pessoas tomaram menos banhos, e isso influiu no consumo. Como os problemas foram amenizados, a retração no segmento não deve ser tão alta neste ano". O "efeito batom" - que supostamente faz crescer o consumo de itens de cuidados pessoais durante crises - não mostrou resultados: os produtos para cabelos e para a pele tiveram as piores retrações da indústria. Com base na percepção do desempenho do primeiro trimestre, o setor espera ter uma nova queda em 2016, que deve ficar em torno de 8%.
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