A audiência da Petrobras marcada para esta quarta-feira, na Corte de Nova York, foi adiada para o próximo dia 21. Segundo advogados envolvidos no processo, a mudança da data ocorreu por conflito de agenda do juiz Jed Rakoff, responsável pela ação coletiva movida contra a empresa brasileira nos Estados Unidos. Entre as questões que seriam decididas por Rakoff na audiência de hoje estão o prazo que a ação coletiva vai abranger. A Petrobras quer um prazo mais curto, já os investidores querem estender o período de abrangência, o que aumentaria o número de participantes da ação. Outro pedido da Petrobras que seria analisado hoje é a demanda para que a ação coletiva seja cancelada, pois vários outros investidores estrangeiros resolveram entrar com processos individuais. Com isso, a ação coletiva deixa de fazer sentido. Os advogados dos investidores argumentam que uma ação não exclui a outra. Um terceiro ponto em discussão são os papéis da Petrobras comprados pelos investidores. Os advogados da companhia argumentam que muitos investidores não conseguiram demonstrar que compraram os papéis nos Estados Unidos. Os investidores entraram com um processo coletivo contra a Petrobras em 8 de dezembro do ano passado, argumentando prejuízos por causa das denúncias de corrupção na empresa. Segundo eles, a petroleira não teria informado corretamente ao mercado sobre o esquema de corrupção e ainda teria inflado preços de ativos. Quando as denúncias vieram a público, as ações e bônus da companhia despencarem. Nesta quarta-feira, a agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito da Petrobras para "Ba3", ante "Ba2", e indicou que poderá fazer um novo rebaixamento da estatal nos próximos meses. Em comunicado, a agência disse que a decisão "reflete riscos elevados de refinanciamento da Petrobras" ante a deterioração das condições da indústria petroleira que tornam ainda mais difícil para a estatal levantar recursos com a venda de ativos. Além de cortar o rating, a Moody's colocou a nota da Petrobras em revisão para "downgrade", o que significa que um novo rebaixamento poderá acontecer adiante. Mais cedo, a Moody's colocou o rating soberano brasileiro em revisão para rebaixamento.
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