quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Danificada, caixa-preta de avião do Bradesco será levada para os Estados Unidos


A Aeronáutica informou nesta quinta-feira (19) que não conseguiu ler os dados da caixa-preta do Cessna Citation 650 do Bradesco que caiu em 10 de novembro em Minas Gerais. A caixa-preta contém as conversas entre comandante e copiloto nas últimas duas horas anteriores ao acidente, que matou a tripulação e dois diretores do Bradesco. De acordo com a Aeronáutica, as placas dos chips de memória ficaram expostas a uma temperatura superior aos limites estabelecidos pelo fabricante – o que impediu a recuperação. "Em função disso, será necessário recorrer ao fabricante, que possui recursos adicionais para atuar nesses casos", diz nota do órgão. A caixa preta é feita para resistir a temperaturas de até 1.100º por até uma hora – o que dá idéia da gravidade do acidente. A fabricante é a L-3 Aviation Recorders, na Flórida (EUA). O processo será acompanhado por um investigador do Cenipa, o órgão da Aeronáutica responsável por investigar acidentes aéreos. O acidente com o jato Cessna causou a morte do presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, de 54 anos, e embaralhou a sucessão na presidência do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro. No acidente, morreram também Lucio Flavio de Oliveira, de 55 anos, que comandava a Bradesco Vida e Previdência, o piloto Ivan Vallim, de 63 anos, e o copiloto Francisco Tofoli Pinto, de 32 anos. No Bradesco há 34 anos, Rossi era visto como um dos candidatos mais fortes para suceder Luiz Trabuco no comando da instituição no início de 2017. O presidente do banco deve se aposentar após completar 65 anos, idade-limite para ocupar o cargo, em outubro do próximo ano. A Bradesco Seguros é a maior seguradora do País, responde por um terço do lucro do conglomerado financeiro e ajuda a manter os ganhos nos períodos de baixa no crédito, como o atual. O próprio Trabuco fez carreira na seguradora antes de assumir a presidência do banco.

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