Em termo de declaração prestado à Justiça dentro de seu acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que parlamentares do PP que recebiam valores mensais do esquema de desvios de recursos da Petrobras fiavam "vinculados" a votar com o governo. "O parlamentar não recebia por uma votação específica, mas os parlamentares que recebiam estes valores mensais ficavam vinculados a votar junto com a liderança, em favor do governo", diz trecho do depoimento. Ainda segundo Youssef, líderes do PP recebiam entre R$ 250 mil a R$ 500 mil por mês. Na lista, ele cita os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte (PP-BA), João Pizzolati (PP-SC) e Pedro Corrêa (PP-PE) – este último condenado por sua participação no esquema do Mensalão do PT. No depoimento o doleiro ainda diz que para o restante da bancada de deputados eram reservados cerca de R$ 1,5 milhão ao mês, que seria dividido pelos parlamentares pelo líder da sigla. Youssef também diz que os deputados deveriam ter conhecimento da fonte ilícita dos recursos recebidos, uma vez que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, era "voz corrente no partido", para quem, inclusive, foi oferecido um jantar com quase todos os integrantes da sigla presentes. Entre as declarações, Youssef ainda cita alguns nomes do PP que, em sua avaliação, não recebiam recursos do suposto esquema criminoso: deputado Paulo Maluf (SP), ex-deputada Rebeca Garcia (AM), deputado Dimas Fabiano (MG), deputado Renzo Braz (MG), ex-deputado Pastor Vilalba (PE), deputada Iracema Portela (PE), deputado Esperidião Amim (SC), deputado Guilherme Mussi (SP), deputado Jair Bolsonaro (RJ) e senadora Ana Amélia (RS).
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