O ministro da Fazenda, o liberal Joaquim Levy, defendeu nesta segunda-feira (9) o papel da poupança individual do brasileiro como motor para investimento no país e forma de garantir a sustentabilidade previdenciária. "A população brasileira segue trajetória de envelhecimento, e avançam os desafios para sustentar benefícios e honrar compromissos financeiros sociais àqueles que já deram sua contribuição para um Brasil maior", afirmou. Quem é que, de cara limpa, vai entrar em uma barca furada dessas, em um País que não respeita as regras e o dinheiro das pessoas é apropriado pelo Estado? "Poupança individual é importante para garantir bem-estar no futuro, é parte da educação financeira, um complemento fundamental às ações do governo para garantir sustentabilidade previdenciária e compatibilidade com o equilíbrio fiscal", completou. Segundo Levy, o crescimento da poupança é o caminho para criação de novos instrumentos financeiros que facilitem investimento: "Investimento baseado no crédito tem limite, que rapidamente se descobre". O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, falou nesta segunda da importância da educação financeira no planejamento das famílias, e criticou pontos do modelo atual. Segundo Gabas, o País passa por um momento de transição demográfica, em que a população está envelhecendo, mas que ainda se aposenta cedo. "A expetativa de sobrevida está batendo 84 anos, e a sociedade brasileira ainda tem como premissa que deve se aposentar aos 50. A média de aposentadoria hoje é 54 anos. Tem um equívoco aí. Por falta de informação, as pessoas acabam tomando medidas que são prejudiciais a elas próprias", defendeu. Os ministros participaram da cerimônia de abertura da 2ª Semana Nacional de Educação Financeira, organizada, entre outras entidades, pelo Banco Central. Para Levy, a poupança deve fazer parte da educação financeira dos brasileiros, nas escolas: "Trazer diretamente para sala de aula, ampliar o alcance da poupança na educação financeira é oportuno, tem que ser esforço de todos nós": "Como toda democracia, as coisas não se dão só por decisões do governo, se dão por inúmeras decisões individuais. Esse é o espírito da educação financeira - dar todos os instrumentos para pessoas tomarem as melhores decisões para si e para toda a sociedade". O ministro defendeu ainda que as famílias lancem mão de seguros, como forma de se protegerem contra imprevistos e para o futuro. "Sociedades desenvolvidas cada vez mais têm seguros", disse: "Isso se traduz em previsibilidade e bem-estar, capacidade das famílias de se programarem". E o governo vai garantir contra a quebra de seguradoras fraudulentas? O governo é muito brincalhão.
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