quinta-feira, 8 de maio de 2014

VINGANÇA PROMOVEU A MORTE DE TORCEDOR DO SPORT ATINGIDO POR UM VASO SANITÁRIO

O funcionário público Luiz Cabral Araújo Neto, de 30 anos, confessou, no início da tarde desta quinta-feira, ter arremessado um vaso sanitário após o jogo Santa Cruz x Paraná, no último dia 2, na intenção de atingir o presidente da torcida organizada Jovem, do Sport, Mario de Azevedo Marinho, com quem tem uma rixa. O vaso atingiu e matou o torcedor rubro-negro Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, que morreu na hora. A informação foi dada pelo seu advogado, Carlos Alberto Rodrigues Lima, que disse que Luiz Cabral havia tido uma briga com Marinho, na saída de um jogo entre o Santa e o Sport há duas semanas, que o deixaram com marcas no rosto e na cabeça. "Havia um desejo de vingança", afirmou o advogado. Segundo ele, seu cliente teria visto Marinho no estádio, o que o teria estimulado a agir com os outros dois rapazes. Um deles, Everton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, é seu amigo e também integrante da torcida organizada do Santa, a Inferno Coral. Everton está preso desde a segunda-feira. O terceiro envolvido ainda está foragido. Juntos, os três arrancaram dois vasos sanitários do banheiro feminino e os arremessaram, da arquibancada, para o lado externo do estádio do Arruda. Segundo o advogado, Luiz Cabral tem "desequilíbrio mental" e toma remédio controlado por indicação psiquiátrica. No dia da agressão, ele não havia tomado a medicação e havia bebido muito durante o jogo: "Ele estava tresloucado". Depois do crime, os três saíram correndo. Luiz Cabral não se escondeu, de acordo com o advogado. Foi para a casa dos pais, no bairro de Ouro Preto, no município metropolitano de Olinda, onde também mora a família de Everton. Depois seguiu para o Rio Grande do Norte, onde mora na cidade de Passa e Fica. Ele foi preso no início da manhã desta quinta-feira no município potiguar de Monte das Gameleiras, onde trabalha, a 22 quilômetros de Passa e Fica. Ele trabalha no posto de saúde da família e havia ido ao hospital da cidade pegar medicamento controlado quando foi detido pela polícia.

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