terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Polícia paulista pede prisão preventiva de executivos de multinacional alemão
A Polícia Civil de Taubaté pediu a prisão temporária do presidente mundial da Pelzer, Martin Kusmann, e do executivo Michael Lince. Os dois alemães, segundo a polícia, participaram de reunião, realizada há cerca de 15 dias, em um hotel em Guarulhos, onde se planejava a morte do gerente geral da empresa, Toshio Nakamoto. "Eles participaram da conversa e por este motivo pedimos a prisão deles. O pedido é feito para a Polícia Federal e eles serão detidos se entrarem no País", informou o delegado responsável pelo caso, Marcelo Duarte, da Delegacia de Investigações Gerais de Taubaté. O plano foi denunciado na última sexta-feira. No mesmo dia o presidente da unidade em Taubaté e dois diretores foram presos, acusados de formação de quadrilha e estelionato. De acordo com as investigações, os três presos estavam planejando, com o conhecimento dos dois executivos da Alemanha, a morte de Toshio Nakamoto. A principal hipótese investigada pela polícia é que os executivos estariam vendendo pára-choques para as montadoras sem as especificações exigidas em contrato. Nakamoto, segundo a policia, saberia do esquema de estelionato e, por isso, seria vítima de um homicídio. Nesta segunda-feira, Nakamoto estava na empresa, que continua funcionando normalmente. A Pelzer é fornecedora de pára-choques para a Volkswagen. Os três acusados estão afastados das funções na empresa. Ninguém na empresa iria se pronunciar em nome da Pelzer, segundo informou Nakamoto. O denunciante disse que receberia R$ 450 mil para encomendar a morte de Toshio. Parte desta quantia, R$ 250 mil, chegou a ser paga. Os comprovantes e uma cópia da fita com as gravações das negociações foram entregues à polícia. Parte do material usado na fabricação de pára-choques também foi encaminhada à perícia. "A comprovação da alteração na matéria-prima pode ser a prova de que o plano existia mesmo".
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