O ex-ministro José Dirceu (que teve o mandato de deputado federal cassado por corrupção) afirmou nesta quinta-feira, , em entrevista publicada pelo jornal português "Diário de Notícias", que um terceiro mandato para o presidente Lula seria um erro político gravíssimo. Para José Dirceu, o terceiro mandato presidencial não seria inconstitucional, lembrando que a aprovação do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ocorreu um ano antes do final do primeiro mandato, mas "seria um erro político gravíssimo". Na sua opinião, o Brasil precisa de reforma política e não do terceiro mandato. José Dirceu também disse que “o mensalão nunca existiu”. Não é o que entende o Supremo Tribunal Federal, tanto que admitiu a denúncia contra ele e os outros 30 membros da Quadrilha dos 40, por corrupção e formação de bando. Para José Dirceu, a denúncia do “mensalão foi uma maneira de atingir o presidente Lula e o PT”. Segundo José Dirceu, o que existiu foi “financiamento ilegal das campanhas e Caixa 2”. Dirceu diz que o PT não saiu enfraquecido do escândalo, já que o partido é hoje o mais votado no País. Ele considera que o caso foi uma forma de tirá-lo do poder e culpa parte da oposição e os "meios de comunicação conservadores". José Dirceu também atribui a acusação contra ele ao medo de "certos setores" de que ele fosse candidato a presidente do Brasil. Pronto, aí está, chegou ao ponto, José Dirceu era mesmo o candidato número um do PT ao governo na sucessão de Lula. Ele contou que ainda mantém contatos com o presidente Lula, com quem tem "uma relação de companheiro de lutas, de um amigo". A entrevista foi feita quando José Dirceu esteve em Portugal a caminho de Angola, onde está com trabalhos de consultoria para empresas brasileiras nas áreas de infra-estrutura, energia e turismo.
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