terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Paulo Pimenta, o "Montanha" da lista da propina da Odebrecht, é demitido da Secom do ex-presidiário Lula



O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula, o petista gaúcho Paulo Pimenta, conhecido como “Montanha” na lista da propina da empreiteira Odebrecht, foi demitido nesta terça-feira, pelo ex-presidiário Lula e sua mulher, Janja. O substituto será o publicitário Sidônio Palmeira, responsável pelo marketing da pré-campanha do ex-presidiário Lula na disputa à presidência da República, em 2022. É baiano, só para variar, e teve atuação ainda em campanhas vitoriosas de outros petistas, como Rui Costa e Jaques Wagner, ambos governaram a Bahia. Também atuou na campanha de Fernando Haddad, em 2018, na disputa à presidência da República.

A demissão de Paulo Pimenta, por incompetência, não é uma surpresa em função de críticas que vinham sendo direcionadas à pasta. Em dezembro, durante seminário do PT nacional, o ex-presidiário Lula foi direto ao criticar a comunicação do Planalto e prometeu fazer correções. Ou seja, fritou em alto calor o ministro gaúcho.



O desembarque do gaúcho Paulo Pimenta (PT) do comando da secretaria de Comunicação da presidência foi alinhavado em reunião de pouco mais de uma hora, entre o presidente Lula e o ministro, na manhã desta terça-feira. Pimenta é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, hoje comandada por Márcio Macêdo.



O publicitário Sidônio Palmeira falou que é necessário que o governo evolua na parte digital da comunicação. Ele deu a declaração ao lado de seu antecessor, Paulo Pimenta, no Palácio do Planalto. Segundo o futuro Secom, sua gestão é uma espécie de segundo tempo - no sentido de não ser necessário começar tudo do zero. "Tem uma observação também na parte digital, alguns dizem assim até que é analógico, acho que a gente precisa evoluir nisso", disse Sidônio Palmeira. "É um segundo tempo que estamos começando, não o primeiro tempo", declarou. Ele também mencionou que vem da iniciativa privada, e que nunca trabalhou em um governo. "É uma experiência nova, interessante, é um grande desafio. Eu mesmo vou me cobrar, a comunicação é um negócio muito interessante para um governo", declarou.

Lula decidiu trocar a gestão da Secom por julgar que seu governo tem grande número de obras e bons programas sociais, mas que problemas de comunicação impedem que isso se traduza em popularidade junto ao eleitorado. O cenário preocupa porque o presidente precisa estar em alta nas eleições de 2026 para se reeleger ou promover a candidatura de um sucessor.

Segundo Sidônio, é necessário equilibrar "expectativa, gestão e percepção popular". Ele afirmou que prestará informações à imprensa para facilitar a divulgação dos programas do Executivo. Também declarou que comunicação não é um tema só da Secom, mas do governo como um todo.

Funcionários da Secom já vinham sendo avisados de que seriam demitidos desde segunda-feira, 6. Sidônio levou ao Planalto naquele dia Thiago César, que será seu secretário-executivo, e Paulo Brito, que será seu chefe de gabinete. O movimento deixou claro que a troca era iminente e que os atuais ocupantes desses cargos seriam dispensados.

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