domingo, 5 de janeiro de 2025

Disparada do dólar fez governo do ex-presidiário Lula diminuir as reservas internacionais do Brasil em 7,1%



O Brasil fechou o ano de 2024 com US$ 329,7 bilhões em reservas internacionais. O número representa uma queda de 7,1%, ou US$ 25,3 bilhões, em relação ao patamar do ano anterior (US$ 355 bilhões). O recuo das reservas em 2024 está relacionado, principalmente, com a venda de dólares pelo Banco Central no fim do ano – ao todo, foram US$ 20,07 bilhões injetados no mercado à vista.

Além disso, também foi contabilizada a venda de outros US$ 15 bilhões por meio dos chamados leilões de linha, que são um tipo de empréstimo. Nesse caso, porém, os valores retornam posteriormente para as reservas cambiais. Essas operações se concentraram em dezembro, em meio à disparada do dólar — que fechou 2024 com alta de 27%, a R$ 6,17.

A escalada da moeda norte-americana em 2024 é resultado direto da extrema desconfiança dos investidores nacionais e estrangeiros com os rumos da política econômica do governo do ex-presidiário petista Lula. Tanto é assim que, na Argentina, o dólar caiu e o peso foi a moeda nacional que mais se apreciou em 2024. No Brasil, os investidores fecharam suas posições, tornaram tudo em dólar e saíram do país, indo investir em outros mercados. Um desses mercados foi justamente o argentino. 

Especialmente no fim do último ano, os holofotes ficaram com o quadro fiscal do Brasil, em meio a receios do mercado financeiro sobre a efetividade do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo no fim de novembro. 

Alguns analistas apontam que as reservas muito altas também representam um peso para a sociedade. Como são aplicadas em investimentos no exterior, que rendem juros muito mais baixos do que aqueles que governo paga ao emitir papéis no mercado interno (dentro do Brasil), há um chamado "custo de carregamento". Segundo Sérgio Gobetti, economista do IPEA, esse custo de carregamento no Brasil é de cerca de R$ 40 bilhões por ano.

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