domingo, 15 de dezembro de 2024

Regime petista prende o general Braga Netto, é preâmbulo da prisão de Jair Bolsonaro



Ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto foi preso preventivamente a pedido da Polícia Federal, em decisão confirmada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Nos principais pontos da decisão, Moraes aponta tentativa de Braga Netto de atrapalhar a invesrigação do "suposto golpe" e ter ´passado recursos para execução de autoridades e planejamento de golpe. O ex-ministro foi preso na manhã deste sábado (14) no Rio de Janeiro.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão do general Walter Souza Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, traz uma série de agravantes usados para justificar a detenção do militar.

A Polícia Federal apontou que o novo depoimento prestado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apresentou elementos que permitem caracterizar a existência de conduta de Braga Netto no sentido de impedir ou embaraçar as investigações. Segundo a Políci Federal (polícia política do regime), o general agiu para impedir o esclarecimento dos fatos, principalemte ao tentar obter informações da delação do ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação premiada. As investigações apontam que o objetivo de Braga Netto era controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados. É um delírio, a Polícia Federal antecipa o que seria um comportamento futuro do general Braga Netto. O relatório da Polícia Federal, que embasa a decisão de Moraes, apresenta uma perícia realizada no celular do pai de Mauro Cid, Mauro Cesar Lorena Cid, que mostra "intensa" troca de mensagens com Braga Netto pelo aplicativo WhatsApp e também uma ligação, que durou pouco mais de 3 minutos. Em sua delação, Mauro Cid teria confirmado que o general procurou seu pai para tentar obter informações sobre o seu acordo de colaboração premiada.

Na decisão, Moraes diz que a investigação da Polícia Federal demonstra que os contatos telefônicos realizados com o pai de Cid tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação e informar aos demais integrantes da organização criminosa. A decisão de Moraes mostra ainda atuação de Braga Netto na tentativa de impedir um novo depoimento de Mauro Cid.

Diz ainda o relatório da polícia política e decisão do ministro Alexandre de Moraes que o general obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução da operação “Punhal Verde e Amarelo”, mais precisamente para o evento “COPA 2022”, que pretendia prender o ministro Alexandre de Moraes. O plano previa usar veneno e explosivos para matar o ex-presidiário Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes.

Mauro Cid supostamente afirmou em sua delação que Braga Netto atuou no financiamento das ações de forças especiais para executar um plano de golpe de Estado, que incluia o assassinato de autoridades, e repassou o dinheiro diretamente a um major do Exército em uma sacola de vinho. Segundo destaca Moraes na decisão, o general teve "gravíssima participação nos fatos" e "verdadeiro papel de liderança na organização e no financiamento" das ações.

Membros da cúpula das Forças Armadas avaliam que o general Walter Souza Braga Netto, preso neste sábado (14) em desdobramento do inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura uma suposta trama golpista, delirante, atuou como um político ao longo dos episódios investigados pela Polícia Federal. Militares da ativa afirmam que as revelações do inquérito apontam que Braga Netto não atuava mais como um militar. Eles destacam, por exemplo, que, nos períodos investigados, o general do Exército dava expediente na sede do PL, partido ao qual se filiou para disputar o cargo de vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. Era do gabinete que o também ex-ministro da Casa Civil comandava, segundo a Polícia Federal, o planejamento golpista. Conforme a assessoria de imprensa in formal do Palácio do Planalto, a Rede Globo, e especialmente a sua jornalista Andreia Sadi, "teriam" sido ouvidos militares de alta patente sobre o episódio, mas não citam o nome de ninguém. Ou seja, os tais testemunos bem podem ter sido inventados, carecem de toda credibilidade.

Na sede da Polícia Federal, autêntica polícia política do governo petista e do STF (uma espécie de Gestapo brasileira, ou Stasi, da antiga Alemanha Oriental), investigadores (novamente não identificados) dizem ter encontrado, com um assessor de Braga Neto, manuscrito da "Operação 142", que tinha como objetivo final que o então presidente eleito, o ex-presidiário Lula (PT) não subisse a rampa do Palácio do Planalto. Quer dizer que então o tal manuscrito estava com um assessor, e não com o general Braga Neto?

Novamente recorrendo aos "militares" não identificados pela Rede Globo, porta voz oficial das investigações do STF, a emissora diz que eles informa que Braga Neto atuou como operador financeiro do esquema, bancando as ações de membros das Forças Especiais (os famigerados "kids pretos", militares de mais completa e intensa preparação e que estão sendo desmoralizados constantemente) para prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Assim sendo, Alexandre de Moraes, em um país democrático normal, não poderia de forma alguma estar conduzindo esse inquérito.

A porta voz Andréia Sadi acrescenta o que teriam dito a ela os tais "altos militares": "Ele deixou de ser militar, ele virou um político, Braga Netto passou a ter uma atuação política, comandando um partido político. Mas, a prisão dele é muito negativa para a imagem das Forças Armadas". Diz ela que esses "militares de alta patente" (nunca identificados, se o fossem, seriam execrados nas Forças Armadas, mas muita gente sabe quais são as fontes de Andréia Sadi) querem que a denúncia da Procuradoria Geral da República seja feita o mais rápido possível, a fim de que os militares que embarcaram em um planejamento golpista sejam transformados em réus e que tudo seja esclarecido". Ainda conforme a porta-voz Andreia Sadi, segundo esses militares, "o processo será uma depuração difícil, mas necessária para separar, em outras palavras, o joio do trigo — ou seja, os militares golpistas e os militares que se mantiveram fiéis ao Estado Democrático de Direito". Eles fazem questão de lembrar que os comandantes de então do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Batista Jr., se recusaram a aderir ao golpe e condenaram a ação na época.

Estão na defesa do general Braga Netto os advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel de S. Venâncio e Francisco Eslei de Lima. Braga Netto é general da reserva do Exército. Ele também foi ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa com o ex-presidente que perdeu a eleição de 2022.

Em novembro, a Polícia Federal indiciou Braga Netto, Bolsonaro e outros nomes do governo passado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A investigação apontou uma organização estruturada e coordenada para tentar manter Bolsonaro no poder após a derrota para o ex-presidiário Lula (PT). No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores radicais do ex-presidente invadiram prédios do Congresso, do Judiciário e do Executivo em Brasília. Em novembro, depois de ser indiciado, Braga Netto disse que "nunca se tratou de golpe". Ao pedir a prisão preventiva de Braga Netto neste sábado, a polícia política do regime petista argumentou que a liberdade de Braga Netto representa um risco à ordem pública devido à possibilidade de voltar a cometer ações ilícitas.

Conforme a porta-voz do regime petista, jornalista Andreia Sadi, da Rede Globo, investigadores da polícia política têm certeza da responsabilidade de Braga Netto que agia sob comando de Jair Bolsonaro. Ou seja, está tudo preparado para o proximo bote, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A polícia política do regime, além de Braga Netto, também indiciou 36 pessoas:

- o ex-presidente Jair Bolsonaro

- o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

- o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);

- Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

O relatório final do inquérito, que tem mais de 800 páginas. A investigação é um desdobramento do inquérito sobre a atuação das milícias digitai que, segundo a Polícia Federal, se organizaram para atacar a democracia e o Estado democrático de Direito. Ou seja, é um inquérito infinito, que vai se desdobramento ao sabor das exigências do Supremo Tribunal Federal e do regime petista.

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