A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiu, nesta segunda-feira, 26, pela prorrogação do afastamento do prefeito de Canoas, a alma petista Jairo Jorge, do exercício das funções públicas por mais 180 dias. “Nós estávamos aguardando com tranquilidade a decisão da prorrogação do afastamento do prefeito Jairo Jorge, tendo em vista a robustez das provas que produzimos, as técnicas utilizadas e a seriedade da investigação do Ministério Público”, ressalta o procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles. Na decisão, a desembargadora Gisele Anne Vieira Azambuja explica que “a prorrogação do prazo de suspensão do exercício das funções públicas se afigura imperiosa. Isso porque, além dos elementos anteriormente apurados, há novos elementos trazidos em decorrência das medidas de busca e apreensão, e das quebras de sigilo bancários deferidas, que reforçam as teses acusatórias”.
Na entrevista que concederam na manhã desta segunda-feira à Rádio Gaúcha, os representantes do Ministério Público do Rio Grande do Sul asseguraram que a situação judicial da alma petista Jairo Jorge, atualmente no PSD, é muito mais grave do que no início das investigações, no ano passado. Eles disseram ter obtido provas cabais da corrupção do prefeito alma petista Jairo Jorge e do seu recebimento de propinas, derivadas de contratos fraudulentos na área de saúde. As propinas eram pagas por meio de farmácia fantasma aberta pela mulher de Jairo Jorge, Thais de Oliveira Pena (prima do bandido petista mensaleiro José Dirceu), junto com sua filha, em São Paulo. Esta firma do ramo farmacêutico enviada então o dinheiro das propinas para empresa montada pelo operador financeiro Anderson Dorneles, que o repassava para o prefeito afastado da prefeitura de Canoas.
Anderson Dorneles foi acusado pelo Ministério Público de ter ido a São Paulo buscar o dinheiro de caixa dois de empresas da área de saúde ainda durante a campanha eleitoral para a prefeitura, 150 mil reais. Ele viajou de Brasília para São Paulo de avião, onde se encontrou com os empresários no restaurante Almanara, em shopping paulista. De lá, alugou um carro em locadora para vir para o Rio Grande do Sul, com o uso de cartão de crédito. O uso do carro foi para evitar passar com risco pela revista em aeroporto.
Durante a entrevista à Rádio Gaúcha, a repórter pergunta de maneira quase ingênua quem é essa figura de Anderson Dorneles, como se fosse possível ignorar que esse personagem sinistro tem longo e pública história de associação com a corrupção desde o governo da mulher sapiens petista Dilma Rousseff.
Ele foi o carregador de malas e de celulares de Dilma Rousseff durante uma década ou mais. Foi corrompido pela Odebrecht, recebendo dinheiro da empreiteira corrupta baiana para se assegurar de que seus proprietários tivessem acesso direto à presidente da República. Isso ficou provado em julgamento realizado pela Controladoria Geral da União, que determinou a sua demissão a bem do serviço público e o tornou inelegível. Apesar disso, tornou-se dono da legenda do partido Avante no Rio Grande do Sul e é candidato a deputado federal. E isso acontece mesmo quando está impedido por decisão judicial de frequentar a sede do seu partido, participar de reuniões políticos, não poder entrar na prefeitura de Canoas, não poder sair do município sem autorização judicial. E mesmo apesar de o Ministério Público Eleitoral ter representado judicialmente pela cassação do registro de sua candidatura que, inexplicavelmente, não foi examinado pela Justiça até o momento. Como podem as jornalistas da Rádio Gaúcha ignorar tão impressionante currículo e o omitir de seus ouvintes? Na mesma entrevista, os promotores também ignoram esse impressionante currículo sobre corrupção de Anderson Dorneles e o omite dos eleitores gaúchos, da sociedade do Rio Grande do Sul.
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