Dados do último boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o número de novos casos semanais de varíola dos macacos diminuiu 21% entre 15 a 21 de agosto, em comparação com a semana anterior. Até agora, segundo a organização, foram registrados mais de 40 mil casos de varíola de macacos, com 12 mortes, em 96 países. Apesar da diminuição do crescimento do número de casos em nível mundial, o balanço semanal da OMS, divulgado na quarta-feira 24, demonstrou aumento contínuo e acentuado de confirmações no continente americano. De acordo com o documento, nos últimos sete dias, 23 países relataram um aumento no número semanal de casos, com o maior índice relatado nos Estados Unidos.
Entretanto, apesar dos dados da OMS, especialistas em saúde dos Estados Unidos, que se baseiam em dados mais atualizados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), também observaram uma tendência de queda, que atribuem à divulgação de informações sobre a doença e ao início da vacinação de grupos específicos em algumas cidades, como Nova Iorque, onde o governo decretou emergência sanitária.
De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, especialistas em saúde pública disseram que permanecem cautelosos sobre se o surto atingiu o pico. De qualquer forma, precisamos continuar a comunicar e orientar fortemente o público sobre esse patógeno”, disse Rodney Rohde, especialista em saúde pública da Universidade do Estado do Texas.
De acordo com a OMS, o surto continua a afetar adultos do sexo masculino, com 98,2% dos casos. Menos de 1% dos casos afeta pessoas até 17 anos. Entre os casos com orientação sexual notificada, 95,8% se identificaram como gays. De todos os tipos de transmissão relatados, o contato sexual foi relatado com mais frequência, com 82,1% de todos os eventos de transmissão relatados.
Os países com maior número de casos acumulados, de acordo com a OMS, são Estados Unidos (14.049), Espanha (6.119), Brasil (4.144), Alemanha (3.295), Reino Unido (3.225), França (2.889), Canadá (1.168), Holanda (1.090), Peru (937) e Portugal (810). Juntos, esses países respondem por 88,9% dos casos notificados globalmente.
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