quinta-feira, 12 de maio de 2022

Senado americano tenta votar projeto que libera o aborto



O Senado dos Estados Unidos tentou votar nesta quarta-feira, 11, um projeto de lei que regulamenta o direito ao aborto no país. O projeto é analisado depois de um relatório preliminar do ministro Samuel Alito, da Suprema Corte norte-americana, indicar a reversão da jurisprudência que garante o direito ao aborto. Em entrevista coletiva no domingo 8, o senador democrata Chuck Schumer, autor do projeto, afirmou que será possível ver como cada senador irá se posicionar durante a votação. O congressista disse ainda que os senadores do partido Republicano “não poderão mais se esquivar”.

Nesta quarta-feira, ele apelou aos congressistas que aprovassem a proposta. “Pela primeira vez em 50 anos, a maioria conservadora — e extrema maioria — na Suprema Corte está prestes a declarar que as mulheres não têm liberdade sobre seus próprios corpos”, disse Schumer. O projeto de Schumer substitui a maioria das legislações locais sobre o aborto nos Estados Unidos.

Por outro lado, uma votação encabeçada por um colega de Schumer obstruiu a matéria. “Eles estão tentando fazer as pessoas acreditarem que isso é a mesma coisa que codificar Roe vs. Wade (a decisão conhecida como Roe x Wade, de 1973, garantiu proteções constitucionais ao aborto)”, disse o senador democrata Joe Manchin ao site Politico. “E eu quero que você saiba, não é. Este não é o mesmo. Expande o aborto”, acrescentou. Ele conseguiu a assinatura de 47 senadores para impedir a abertura da discussão do projeto. 

O líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnell, criticou a legislação na manhã de quarta-feira, chamando-a de “extrema” e acusando os democratas de ordenar “uma votação fracassada que só provará seu próprio extremismo”. “Nossos colegas democratas querem votar pelo aborto sob demanda durante todos os nove meses, até o momento do nascimento do bebê”, disse McConnell, que acrescentou que o projeto “ignora a ciência moderna”.

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