segunda-feira, 2 de maio de 2022
Petrobras inicia operação da plataforma Guanabara na Bacia de Santos
A Petrobras informou nesta segunda-feira, 2, que deu início à produção de petróleo e gás natural por meio do FPSO Guanabara — uma plataforma na Bacia de Santos para fazer a exploração. É o primeiro sistema de produção definitivo instalado no campo de Mero. De acordo com a um comunicado da estatal, a unidade tem capacidade de processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás. O volume representa 6% da produção operada pela companhia. Mero é o terceiro maior campo de petróleo do pré-sal. Ele fica atrás apenas de Búzios e Tupi.
As atividades de extração começaram em 30 de abril. Segundo a empresa, a plataforma chegou ao campo de Mero no fim de janeiro de 2022. Entretanto, nesse intervalo, a estrutura foi conectada a poços e equipamentos submarinos. Na primeira onda serão interligados ao FPSO seis poços produtores e sete injetores. A previsão é que a plataforma atinja o pico de produção até o final deste ano.
“O FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa a operar no Brasil”, disse, em nota, João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras. A nova plataforma na Bacia de Santos pesa pouco mais de 100 mil toneladas. São mais de 170 metros de altura, o que equivalente a quase 5 estátuas do Cristo Redentor. O comprimento é de 330 metros, ou o correspondente a três campos de futebol. “Além disso, tem capacidade de geração de energia de 100 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade de 330 mil habitantes”, informou a Petrobras.
Construída e operada pela Modec, a unidade está localizada a mais de 150 quilômetros da costa do Estado do Rio de Janeiro, sendo capaz de atingir cerca de 2 mil metros de profundidade abaixo d’água. Ao todo, mais três plataformas definitivas estão programadas para entrar em operação no campo de Mero no horizonte do Plano Estratégico 2022-2026 da estatal. Graças a um sistema de “reinjeção do gás” na jazida, a nova plataforma na Bacia de Santos reduz o lançamento de CO2 na atmosfera. O mecanismo também ajuda a manter a pressão e melhora a recuperação de petróleo.
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