O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse em nota nesta quinta-feira, 5, que "não recebe recados de nenhum país, nem os transmite. A declaração é uma reação à informação, divulgada pela agência Reuters, de que William J. Burns, diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), afirmou a integrantes do governo federal que o presidente Jair Bolsonaro deveria parar de lançar suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Comandado pelo general Augusto Heleno, o órgão confirma a agenda com o diretor da CIA, mas diz que os assuntos tratados em reuniões da área de inteligência são sigilosos. "Temos um excelente corpo de diplomatas e adidos para tratar dos interesses nacionais", acrescenta o comunicado.
A agenda oficial de Bolsonaro informa uma reunião com Burns no dia 1º de julho do ano passado, sem revelar o tema. Também participaram do encontro o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd C. Chapman; o então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, além de Augusto Heleno e do ex-ministro Braga Netto, que comandava a Defesa e hoje é assessor especial da Presidência. Ele deixou o cargo em 31 de março para ficar apto a concorrer à Vice-Presidência na chapa de Bolsonaro. Como revelou a agência Reuters, durante viagem oficial ao Brasil no ano passado, o diretor da CIA, segundo fontes, declarou que a integrantes do governo que Bolsonaro não deveria "mexer com as eleições".
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