Diante da iminência da votação na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul do projeto de lei estabelecendo o teto de gastos no Estado, corporações públicas, entidades privadas e partidos políticos entraram quase em estado de catatonia. O teto de gastos é uma das exigências da Lei Complementar nº 159, que estabeleceu o regime de recuperação fiscal de Estados e municípios. Outra das exigência é a privatização do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).
Sem o compromisso formal do Rio Grande do Sul, estabelecido em lei, portanto, impositivo, não há possibilidade de assinatura de contrato do Estado com a União para solução do problema da dívida pública.
A vanguarda do atraso, capitaneada pela OAB (um aparelhão do esquerdismo), ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pretendendo que a Corte declare que a dívida do Rio Grande do Sul com a União simplesmente já está paga. É uma tese estapafúrdia. Mesmo uma Corte aparelhada pelo esquerdismo, como o STF, teria imensas dificuldades para acolher uma tese como essas, que praticamente declararia o Brasil como nação pária no concerto internacional.
A partir do ajuizamento dessa ação, os personagens mais díspares no espectro ideológico, mas todos unidos por uma mesma linha, a da adesão sem limites à gastança de recursos públicos (vale dizer, recursos dos bolsos dos cidadãos), passaram a se associar à ação maluca da OAB, solicitando ao STF sua inscrição como "amicus curiae".
A lista desses amigos da gastança pública irresponsável já alcança 15 entidades ou nomes públicos e é a seguinte:
1 - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO – APROJUS
2 - UNIÃO GAÚCHA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E PÚBLICA – UNIÃO GAÚCHA.
3 - DIRETÓRIO ESTADUAL DO PT DO RIO GRANDE DO SUL
4 - PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO – DIRETÓRIO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL (PSB/RS)
5 - JOÃO EDEGAR PRETTO, GILBERTO JOSÉ SPIES VARGAS, FERNANDO STEPHAN MARRONI, JEFERSON OLIVEIRA FERNANDES, JOSÉ SIDNEY NUNES DE ALMEIDA, LUIZ FERNANDO MAINARDI, STELA BEATRIZ LOPES FARIAS e SOFIA CAVEDON (deputados petistas)
6 - FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DO RIO GRANDE DO SUL – FCDL/RS
7 - FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DO RIO GRANDE DO SUL – FCDL/RS
8 - LUIS CARLOS HEINZE (candidato do PP ao governo do Estado)
9 - PARTIDO LIBERAL RIO GRANDE DO SUL RS ESTADUAL - ONYX DORNELLES LORENZONI (candidato ao governo do Estado)
10 - ASSOCIACAO DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA CLASSE EMPRESARIAL DA SERRA GAUCHA - CICS – SERRA
11- CÂMARA DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE FARROUPILHA
12 - FESSERGS - FEDERAÇÃO SINDICAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO GRANDE DO SUL
13 - FECONTÁBIL - FEDERAÇÃO DOS CONTADORES E TÉCNICOS EM CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
14 - ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES DO RIO GRANDE DO SUL – AJURIS
15 - SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SINAPERS
A simples enunciação dos nomes das entidades e pessoas associadas à ação da esquerdóide OAB já é capaz de demonstrar a esquizofrenia gaúcha. Ver, lado a lado, PT e Onyx Lorenzoni ou Luiz Carlos Heinze, é de morrer de rir. Significa que, no fundo, apesar de aparentes diferenças mantidas diante do distinto público, na essência eles são absolutamente idênticos naquilo que é fundamental, são todos estatistas, são todos aliados nos esforços para manter a capacidade de endividamento do Estado (significa dizer, tomar dinheiro sem controle para ser paga a conta pelos bolsos dos cidadãos gaúchos), são todos defensores da intervenção do Estado, sem limites, sem controle, nos negócios privados. São defensores da teoria defendida e expandida pela Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), órgão da ONU que funciona no Chile, escola econômica fundada e dirigida pela comunista argentino Raul Prebisch. Nessa escola se formaram personagens como Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros.
As entidades privadas que fazem parte da lista dos que se opõem à colocação de barreiras para a expansão da gastança pública no Rio Grande do Sul apenas mostra o atraso do pensamento empresarial. São entidades representativas de setores empresariais dependentes da gastança pública para a manutenção de seu sucesso. São reféns do pensamento estatista, apesar de muitos desses empresários vomitarem pela boca afora sua adesão a entidades propagadoras de pensamento liberal. É tudo uma farsa.
Nesse jogo de defesa de interesses da frente do atraso gaúcho, ninguém se preocupa em ouvir os "russos", ou seja, o grosso da população gaúcha, espalhada por todo o território do Estado, gente que cria riquezas, que acorda às 4 horas da manhã, tira o leite do gado, e só pára de trabalhar quando começa a entrar a noite. Essa imensidão de gente não precisa do Estado, não gosta do Estado (que só atrapalha), e essa gente não é ouvida, nem agora, nem nunca. Mas nós ouviremos sua voz em outubro deste ano, e não haverá de ser uma coisa bonita para essas castas públicas e privadas que atrasam a vida do Rio Grande do Sul.
Um comentário:
Isso mesmo. É a verdadeira coalização contra a verdade e o pgrogresso.
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