terça-feira, 10 de maio de 2022

Gerdau e companheiros protecionistas do setor do aço pedem a Paulo Guedes que governo não reduza imposto de importação

Representantes dos produtores de aço pediram nesta terça-feira (10) que o governo recue da proposta de reduzir o imposto de importação sobre o aço como medida para tentar conter a inflação da construção civil. A área econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro estuda um novo pacote de medidas para conter a inflação, incluindo redução na tarifa externa comum do Mercosul e corte do imposto de importação sobre o aço e itens da cesta básica. E os velhos protecionistas de sempre da economia brasileira, com a empresa do barão do aço Jorge Gerdau Johannpeter, foram os primeiros a saltar para pedir a manutenção das vantagens pelo poder público. 

As medidas estudadas pelo governo Bolsonaro são uma tentativa de conter a alta persistente da inflação – 11,3% no acumulado de 12 meses até março pelo IPCA. A próxima reunião do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia, que pode bater o martelo sobre o tema, está marcada para esta quarta-feira (11).

Nesta terça-feira, o setor siderúrgico manifestou oposição à proposta de reduzir, de 10,8% para 4%, a alíquota de importação sobre o vergalhão de aço – insumo usado para reforçar a resistência do concreto. O corte em estudo, segundo os empresários, valeria de junho a dezembro deste ano. 

O Instituto Aço Brasil – que representa empresas como Gerdau e ArcelorMittal – levou o pedido do setor ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião nesta terça-feira em Brasília. No encontro, a entidade argumentou que o eventual corte do imposto não conteria a escalada de preços na construção civil e ainda prejudicaria as vendas do aço brasileiro. 

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