
A Assembleia Geral das Nações Unidas suspendeu a Rússia, na quinta-feira (7), do Conselho de Direitos Humanos por relatos de "violações e abusos grosseiros e sistemáticos por tropas russas na Ucrânia.


A resolução adotada pela assembleia-geral, de 193 membros, expressa "grave preocupação com a atual crise humanitária e de direitos humanos na Ucrânia", particularmente com relatos de abusos. A Rússia tinha alertado os países que um voto sim ou abstenção seria visto como "gesto hostil", com consequências para os laços bilaterais. O país estava em seu segundo ano, de um mandato de três, no conselho, com sede em Genebra, que não pode tomar decisões juridicamente vinculantes. Suas decisões, no entanto, enviam mensagens políticas importantes e podem autorizar investigações.
O país é um dos membros mais expressivos do conselho e sua suspensão o impede de falar e votar, dizem as autoridades, embora seus diplomatas ainda possam participar dos debates. "Eles provavelmente ainda tentarão influenciar o conselho por meio de procuradores", afirmou um diplomata em Genebra. No mês passado, o conselho abriu investigação sobre denúncias de violação de direitos, incluindo possíveis crimes de guerra, na Ucrânia desde o ataque da Rússia.
Desde que a invasão russa da Ucrânia começou em 24 de fevereiro, a assembleia-geral adotou duas resoluções denunciando a Rússia, com 141 e 140 votos a favor. Moscou diz que está realizando "operação especial" para desmilitarizar a Ucrânia. Os Estados Unidos anunciaram que pediriam a suspensão da Rússia, depois que a Ucrânia acusou tropas russas de matar centenas de civis na cidade de Bucha.
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