Um artigo divulgado em publicação do Instituto Johns Hopkins, em janeiro deste ano, contudo, reforça a evidência de que o isolamento social rígido pouco contribuiu para evitar mortes pela doença. Intitulado “Uma revisão da literatura e meta-análise dos efeitos dos lockdowns na mortalidade por Covid-19?, o estudo aborda o impacto do lockdown como medida para a redução das mortes por covid-19.
Os cientistas identificaram 1.048 estudos, publicados até 1º julho de 2020, que analisavam os efeitos do lockdown na redução de mortes por covid-19. Desse total, 34 preencheram os critérios de elegibilidade.
Por ser um tema vasto e com extensa publicação, os pesquisadores usaram meta-análises — uma metodologia que busca sistematicamente reunir dados de múltiplos estudos e incorporar os resultados em um todo combinado.
Os 34 estudos incluídos foram divididos em três grupos: A) impactos de mortalidade associados ao rigor das políticas de confinamento; B) estudos sobre a política do “fica em casa”; e C) estudos que visam a intervenções não farmacêuticas específicas.
Segundo o estudo, uma análise de cada um dos três grupos mostra que os lockdowns tiveram pouco ou nenhum impacto na mortalidade por covid-19.
No grupo A, os estudos mostraram que os lockdowns na Europa e nos Estados Unidos reduziram a mortalidade por covid-19 em apenas 0,2%, em média.
No grupo B, as medidas restritivas também foram ineficazes, reduzindo em média 2,9% a mortalidade por covid.
Estudos específicos no grupo C também não encontraram evidências de base ampla para sustentar a tese do lockdown.
O artigo destaca ainda a seguinte conclusão: “Embora esta meta-análise conclua que os lockdowns tiveram pouco ou nenhum efeito na saúde pública, eles impuseram enormes custos econômicos e sociais onde foram adotados. Como consequência, as medidas de lockdown são infundadas e devem ser rejeitadas como política a ser adotada na pandemia".
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