“Infelizmente, ficou claro que muitos membros do Conselho de Polícia, da Câmara Municipal e o público em geral não estavam satisfeitos com a resposta da polícia em encerrar a ocupação”, disse o prefeito de Ottawa, Jim Watson, afirmando que o motivo da renúncia não foi a decretação do estado de emergência.
A medida tomada por Trudeau permite a proibição das manifestações de rua. Por meio dela, os policiais agora podem prender os veículos utilizados em bloqueios, e os motoristas de reboques são obrigados a auxiliar as autoridades a fazerem esse trabalho.
De acordo a CTV NEWS, emissora local, Sloly não impediu que os manifestantes circulassem pela Wellington Street, a principal rua que dá acesso ao Parlamento canadense. O agora ex-chefe da polícia disse que tentava evitar um derramamento de sangue em meio à crise.
Os protestos se estendem por todo o Canadá. Uma ponte que liga Windsor, Ontário e Detroit ficou bloqueada por uma semana. Ela é vital para as cadeias de suprimentos da indústria automobilística global.
Apesar de ser prerrogativa do primeiro-ministro invocar o estado de emergência quando entender que o país está sob ameaça, isso não ocorria havia meio século e ainda precisa ser ratificado pelo Parlamento dentro de uma semana.
A decretação do estado de emergência também autoriza o bloqueio das contas dos manifestantes, conforme detalhou Chrystia Freeland, ministra das Finanças do país. As regras de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo no país foram ampliadas para que se estendam às plataformas de financiamento coletivo, de onde boa parte da verba usada nos protestos atuais foi coletada.
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