Em encontro ocorrido no início da noite no Palácio do Planalto, a procuradora geral Raquel Dodge informou ao presidente Jair Bolsonaro sobre o andamento de uma ação que apresentou no Supremo Tribunal Federal para tirar do Ministério Público o poder de definir a aplicação de R$ 2,5 bilhões depositados pela Petrobras no Brasil. Evidentemente, esse assunto não requeria nem minimamente a necessidade de um encontro dela com o presidente. Ela procurou o encontro com uma justificativa banal para conseguir estabelecer contato com vistas à sua pretensão de ser reconduzida à presidência da Procuradoria Geral da República. Ao menos metade do dinheiro, obtido pela Lava Jato no Paraná junto aos Estados Unidos, serviria para criar um fundo com participação de entidades privadas para investimentos no combate à corrupção. Outra metade iria ressarcir acionistas prejudicados pelos desvios. A ação de Raquel Dodge revoltou procuradores que trabalharam na formatação do acordo com os Estados Unidos, mas azeitou o relacionamento da procuradora com os ministros do Supremo Tribunal Federal e também com a Advocacia Geral da União, que defende a mesma tese: de que a definição de onde aplicar os recursos cabe ao Executivo e ao Legislativo.
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