O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou nesta terça-feira (12) a demissão do secretário-executivo da pasta, Luiz Antônio Tozi. O anúncio ocorre em meio a uma crise envolvendo mudanças no ministério e de uma queda de braço com o escritor Olavo de Carvalho, que indicou seu nome ao presidente Jair Bolsonaro. A paralisa de ações no MEC e a repercussão negativa de iniciativas conservadoras estão por trás da dança de cadeiras na pasta nos últimos dias. Tozi foi um dos principais articuladores desse processo, que buscava dar agilidade para a pasta. Em seu lugar, assume Rubens Barreto da Silva, que na segunda-feira (11) foi nomeado secretário-executivo adjunto. Assim como Tozi, ele também é oriundo do Centro Paula Souza. As conversas para as mudanças na equipe começaram antes do Carnaval. Membros da área executiva da pasta buscaram abrir espaço na equipe para profissionais técnicos em detrimento daqueles ligados a Olavo de Carvalho, alçados a seus postos por sua identificação com o escritor e com o conservadorismo. Em dois meses e meio, o MEC do governo Bolsonaro ainda não apresentou programas nem ações importantes. Em vez disso, sua agenda se dilui em questões de comportamento e promoção do patriotismo - como a carta enviada às escolas com o slogan da campanha de Bolsonaro, na qual o ministro solicitava que os alunos cantassem o hino e fossem filmados. O episódio desgastou Vélez dentro e fora do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário