quarta-feira, 20 de março de 2019

Porto de Santos terá capital aberto à iniciativa privada em menos de quatro anos

A Codesp, companhia docas que administra o porto de Santos, pretende abrir o capital da empresa até o fim do governo Bolsonaro, em um prazo de três a quatro anos, segundo Casemiro Tércio Carvalho, novo presidente da empresa. O plano, segundo ele, é que o governo mantenha o controle da autoridade portuária, com cerca de metade da participação. "A autoridade portuária tem uma função pública de olhar para o desenvolvimento da região, do País. O aparelhamento fez com que o interesse público fosse deixado de lado", diz Carvalho. Para o executivo, o papel dos investidores privados será, além de trazer recursos, ampliar a fiscalização da gestão do porto e torná-lo mais eficiente. O executivo também não descarta uma ampliação da atuação da Codesp em outros Estados e portos. Segundo ele, a empresa poderia oferecer soluções e operar terminais não só do Brasil como em outros países, como Panamá e países africanos. Antes disso, há uma intensa agenda de corte de gastos, demissão de funcionários e concessão de diversas áreas do porto a ser cumprida pela nova diretoria da Codesp. A meta da empresa é lançar ainda neste ano, preferencialmente no primeiro semestre, o edital de diversos terminais -incluindo os da Rodrimar, empresa acusada de pagamento de propina ao ex-presidente Michel Temer, pela edição do Decreto dos Portos.  Os leilões deverão gerar cerca de R$ 500 milhões de investimento. No fim do ano passado, o ex-presidente da Codesp José Alex Oliva chegou a ser preso no âmbito da Operação Tritão, que investiga supostas fraudes em licitações do porto. Com a deflagração da investigação, diversos executivos foram afastados da Codesp, que iniciou um pente-fino em seus contratos. 

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