segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Tribunal de Contas paulista determina que reitores da USP, Unicamp e Unesp expliquem seus supersalários


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo determinou nesta sexta-feira, 22, que os reitores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) esclareçam sobre o pagamento de supersalários. A decisão atende pedido de medida cautelar do Ministério Público de Contas que apura o pagamento de salários acima do teto estadual, que não deve ultrapassar aos vencimentos do governador João Doria (PSDB), de cerca de R$ 23 mil. As solicitações sugerem que há casos que podem estar infringindo a lei. O Ministério Público de Contas solicitou que as universidades façam correções nas folhas de pagamento de modo a adequar, se for o caso, os vencimentos ao teto remuneratório. "Obstante contenham determinações para conduzir à correção dos valores pagos a título de proventos, adequando-os ao teto remuneratório aplicável às universidades, não vêm recebendo das autarquias universitárias a devida atenção, provocando, com isso, crescente prejuízo ao erário, razão pela demanda por tutelar cautelar, a fim de exigir seja dado cumprimento às determinações deste órgão", diz a decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Os reitores têm até dez dias para explicar se ainda pagam supersalários, se os valores foram corrigidos e quais providências foram ou serão tomadas. 

Nos próximos meses, os conselheiros do TCE vão decidir se os servidores que receberam os supersalários deverão ou não devolver os valores pagos a mais e se serão suspensos os pagamentos. Relatório do Ministério Público, entregue no último dia 7, aponta que, apenas em 2015, as três universidades tiveram juntas prejuízo de R$ 62 milhões com o pagamento de salários acima do teto. Naquele ano, elas foram advertidas, mas continuaram com a prática. 

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