segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Petrobras está revendo sua política de patrocínios culturais

A direção da Petrobras está avaliando se rompe contratos de patrocínio cultural firmados nos governos anteriores. A decisão seguiria novas diretrizes do governo Bolsonaro, que criticou o financiamento estatal da cultural em sua conta Twitter. Bolsonaro postou que embora "reconheça o valor da cultura e a necessidade de incentivá-la", o financiamento das atividades culturais "não deve estar a cargo de uma petrolífera estatal". Segundo a publicação do presidente, "a soma dos patrocínios dos últimos anos passa de R$ 3 bilhões". A Petrobras, financiou nos últimos anos grupos como o Galpão, de Minas Gerais, e a Cia Deborah Colker, além do Festival de Curitiba e a Mostra Internacional de Cinema. "Determinei a reavaliação dos contratos. O Estado tem maiores prioridades", disse ainda o presidente. Produtores e captadores de recurso dizem que foram alertados das mudanças nas diretrizes de patrocínio da Petrobras. A petroleira patrocinou mais de 4.000 projetos culturais desde 2003, quando foi criado o Programa Petrobrás Cultural, que passou a ser a maior seleção pública do tipo no país. Juntas, as áreas de cultura e imprensa consumiram quase R$ 160 milhões da estatal no ano passado. Por nota, a empresa confirmou que está "revisando sua política de patrocínios e seu planejamento de publicidade, em alinhamento ao novo posicionamento de marca da empresa, com foco em ciência e tecnologia e educação, principalmente infantil". Segundo o texto, "Os contratos atualmente em vigor estão com seus desembolsos em dia."

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