terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Sob investigação um mensalão atingindo 18 dos 21 vereadores de Santo André no governo petista de Carlos Grana


O Ministério Público de São Paulo investiga um esquema de pagamento de mensalão a vereadores do município de Santo André. Sob análise dos promotores estão oito planilhas mensais, de janeiro a agosto de 2016, que indicariam repasses de valores a políticos e os nomes de 27 empresas que mantinham os maiores contratos com a prefeitura de Santo André na gestão passada (Carlos Grana/PT). Em um período de apenas 7 meses, essas empresas teriam entregue R$ 8,5 milhões. Santo André vive até hoje o trauma do assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em 2002. Prefeito pelo PT, ele foi executado a tiros, segundo o Ministério Público, vítima de crime de mando de integrantes do próprio partido porque teria decidido dar um fim no esquema de corrupção instalado na gestão municipal. No mensalão agora sob investigação, as planilhas em poder do Ministério Público dão a pista dos destinatários, incluindo onze partidos políticos e despesas de ordem pessoal – celular, combustível, cestas básicas e até pagamento de funerária. Carlos Grana foi prefeito de Santo André até 2016, ano em que se candidatou à reeleição e foi derrotado pelo tucano Paulo Serra. Os promotores suspeitam que as planilhas eram controladas pelo ex-secretário de Governo de Grana, entre 2014 e 2016, Arlindo José de Lima. A investigação mostra que ele era responsável pelo gerenciamento das licitações e fazia o elo com os vereadores. 

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