Na semana passada, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, encaminhou à Casa Civil um ato de exoneração da diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inacio, porque ela é investigada Ministério Público que aponta conflito de interesse por parte da servidora. Mas, a demissão até agora não foi publicada no Diário Oficial da União, o que surpreendeu o Ministério da Justiça e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. No governo Jair Bolsonaro, a Funai foi transferida do Ministério da Justiça para a pasta de Damares. Por questões jurídicas envolvendo a estrutura da Funai dentro do novo xadrez do governo, quem pediu a exoneração de Azelene foi Moro – na última terça-feira (8) – e que seria publicada no Diário Oficial da União na quarta (9) ou quinta-feira (10), o que não ocorreu até agora. O Ministério da Justiça voltou a confirmar que o pedido foi feito e encaminhado. Damares disse que Azelene estava trabalhando "normalmente" na sexta-feira (11), e que também não viu a exoneração. Onyx Lorezoni disse que, por um problema burocrático, a demissão de Azelene não foi publicada e que caberá ao novo presidente da Funai fazer a eventual troca da diretoria. "Tem muita gente na Esplanada que gosta dela", ressaltou Onyx. Na Funai, servidores afirmam que Azelene resiste a sair e busca apoio para presidir o órgão federal responsável pela assistência aos povos indígenas, o que já foi descartado pela ministra dos Direitos Humanos. Azelene diz a colegas que é vítima de perseguição e pede ajuda para permanecer no órgão.
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