domingo, 20 de janeiro de 2019

Senado eliminou o gabinete de número 24 a pedido do senador catarinense Dario Berger

Há quatro anos o Senado abriga uma manifestação implícita de preconceito contra homossexuais que pode ser checada por qualquer pessoa que percorra o principal corredor de gabinetes dos parlamentares. A numeração exposta nas portas começa no 1 e segue a sequência numérica lógica até chegar ao 23, quando, sem qualquer explicação, pula para o 25. Em algum momento entre o final de 2014 e o início de 2015 a plaquinha de número 24 desapareceu sem (quase) deixar vestígios. O Senado diz não ter nenhum registro oficial do sumiço. Parlamentares igualmente afirmam desconhecer o que aconteceu com o 24 - que por ser o número associado ao veado no jogo do bicho é usado há décadas como muleta para manifestações discriminatórias contra homossexuais. O fato é que desde essa época o até então existente gabinete de número 24 passou a se chamar gabinete 26 - ele fica no lado do corredor de numeração par. O gabinete de número 24 foi usado até 2014 pelo senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). Ele trocou para outro, naquele ano, e diz não ter ideia do que aconteceu dali em diante. "O meu gabinete foi entregue. Eu troquei por causa da distância. Eu saí de lá e era 24. Eu não sei quem entrou depois", disse. O novo inquilino foi Dário Berger (MDB-SC), de 62 anos, de cujo gabinete partiu o pedido de mudança da numeração, do 24 para o 26.

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