quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Maduro toma posse e diz que Bolsonaro é fascista contaminado pela direita venezuelana

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, de 56 anos, tomou posse nesta quinta-feira (10) para um segundo mandato, desta vez até 2025. Ele venceu eleições consideradas fraudulentas pela oposição e por grande parte da opinião pública internacional. A abstenção foi de mais de 54% dos eleitores. A Venezuela está em meio a uma grave crise econômica e humanitária, com mais de 3 milhões de habitantes tendo deixado o país devido a falta de alimentos e remédios. Em seu discurso, Maduro afirmou há uma tentativa internacional de "principiar um processo de desestabilização". Disse que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é "um fascista", contaminado pela direita venezuelana, que vem impulsionando a "direita de toda a região". Prometeu que levará adiante "as rédeas da pátria, respeitando a democracia", e fez homenagens ao libertador Simón Bolívar (mostrando a chave de seu sarcófago, pendurada em seu peito junto com a faixa presidencial) e a seu antecessor, Hugo Chávez (1954-2013). "Chávez e eu temos a mesma força", disse. O ditador chavista defendeu as contestadas eleições regionais (governadores, prefeitos) e a própria eleição presidencial, dizendo que foram feitas "com a presença de opositores, e nós, disputando com eles, com os olhos nos olhos, ganhamos". Afirmou ainda que o mundo é muito grande, maior que "a esfera dos Estados Unidos e de seus países satélite", e que neste mundo está a Venezuela, "arriscando criar um novo mundo". 

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