A diretora-executiva para rating soberano da S&P Global Ratings, Lisa Schineller, afirmou que os problemas fiscais no Brasil não são fáceis de corrigir em poucos anos, pois existem desde antes de 1998, quando a agência começou a analisar a economia do País. "São questões complexas que avançaram ao longo do tempo e acumulam dificuldades para serem resolvidas. Por exemplo, como enfrentar a desoneração de impostos para segmentos de empresas?", destacou. "Temos uma avaliação de que as mudanças ocorrerão de uma forma mais devagar do que outros estimam." Segundo Lisa, "depende do Brasil o momento em que o País voltará ao grau de investimento", especialmente com a implementação de reformas para gerar uma dinâmica sustentável para as contas públicas. "O Uruguai levou dez anos para voltar ao grau de investimento. Alguns outros países nem retornaram a esta condição", disse ela. "A privatização deve avançar, mas será uma contribuição em única vez e não é substituto para reformas estruturais", disse. O rating do Brasil perante a S&P é BB-, com perspectiva estável. Lisa Schineller fez os comentários em evento promovido pela Brazilian American Chamber of Commerce em Nova York.
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